Futurama um é projeto cultural sem fins lucrativos, sediado em Beja, que implementa entre diversas geografias do Baixo Alentejo (Beja, Castro Verde, Mértola, Serpa e Vidigueira) um ecossistema cultural e artístico, transdisciplinar, colaborativo e transfronteiriço, através de uma programação partilhada que coloca em diálogo educação e artes, criação contemporânea e tradição, espaços culturais, patrimoniais e de ensino. A programação foca em 4 linhas interdependentes: residências de criação artística, projetos participativos, projetos educativos e de formação, e um festival multidisciplinar.
O Futurama inaugura as Constelações em Beja com uma conversa entre a rapper e escritora Capicua, a contadora de histórias Cristina Taquelim e o ativista ecológico Pedro Horta, dia 31 de julho, às 11h00, no Jardim Público. A entrada é livre.
Constelação com Capicua (rapper e escritora), Cristina Taquelim (contadora de
histórias) e Pedro Horta (ativista ecológico)
No último fim-de-semana de cada mês decorrem as Constelações, sessões que reúnem artistas
contemporâneos e representantes culturais do Baixo Alentejo para um momento de diálogo e de
experimentação. Em Beja as Constelações são inauguradas com uma conversa entre a rapper e escritora Capicua, a contadora de histórias Cristina Taquelim e o ativista ecológico Pedro Horta.
Nesta sessão são alguns os pontos de ligação entre os convidados.
Capicua é conhecida pela sua escrita politicamente ativa. Embora mais conhecida pela escrita de canções, estreou-se recentemente na escrita para teatro com “A Tralha” (2021), peça que fala de desperdício e da nossa relação com os objetos, e estreou-se também na escrita de canções para crianças com o livro-disco “Mão Verde” (2022). Cristina Taquelim tem um longo e ativo percurso de promoção da leitura e de coordenação de programas de leitura, além da apresentação de diversas comunicações em colóquios e congressos. Pedro Horta desenvolve há cerca de 11 anos um ativismo consciente na região do Alentejo, ligado à ecologia sustentável e à construção coletiva de um habitat humano com futuro.
Data: 31.07
Hora: 11h00
Local: Jardim Público de Beja
Biografia Capicua
Capicua nasce no Porto nos anos 80, descobre a cultura Hip Hop nos anos 90 e torna-se Rapper nos anos 00. Socióloga de formação, é conhecida pela sua escrita exímia, emotiva e politicamente engajada. Com uma vasta discografia, conta já com um percurso sólido no panorama da música lusófona: duas mixtapes, três álbuns em nome próprio e um disco de remisturas, um disco-livro para crianças em parceria com Pedro Geraldes, um disco luso-brasileiro em coletivo e um EP ao vivo. Na última década, tem somado intensos concertos, conquistando um público muito diverso e o reconhecimento da crítica, tem acumulado
colaborações com vários artistas da lusofonia, e participado diversas conferências, workshops e projetos sociais. De assinalar é também o seu aclamado percurso como letrista e a sua atividade como cronista na Revista Visão.
Biografia Cristina Taquelim
Cristina Taquelim (Lagos, 1964) é mediadora de leitura e contadora de histórias. Licenciada em Psicologia
Educacional e Bibliotecária, foi até fevereiro de 2020 técnica da Biblioteca Municipal de Beja José
Saramago, instituição onde durante 30 anos coordenou o Serviço de Mediação da Leitura, o projeto Palavras Andarilhas, o programa de leitura em Meio Rural , entre outros. É formadora acreditada pelo CCPFC na área da promoção da leitura. Tem apresentado diversas comunicações em colóquios, congressos e dinamizado ações de formação para outros mediadores – bibliotecários, técnicos de bibliotecas, narradores, docentes e pais. Integrou a equipa do projeto Gulbenkian Casa da Leitura. Colaborou com a Universidade Católica na Pós Graduação de Livro Infantil. Desenvolve atividade enquanto narradora oral desde 1995 e nessa qualidade tem participado em diversos encontros em vários países. Tem obras de literatura de receção infantil publicadas no Brasil e em Portugal de onde destaca “Corrupio”, pela Editora Lê (Br.2017), “Avó de Coração” (Pt. 2019) e “Teodora e o Mistério dos Cachapins” (Pt. 2020), pela Ed. Zero a Oito. Acredita que ler e contar são formas de desenhar janelas para a diversidade das linguagens do mundo. Também as do mundo interior. É sócia Fundadora da Associação Ouvir e Contar e da Chão Nosso CRL, Cooperativa Cultural sediada em Beringel.
Biografia Pedro Horta
Nasceu em Beja, mas só há cerca de 11 anos começou um caminho de ativismo consciente na região do Alentejo. Foi um dos fundadores do Eco-Comunidades na Planície, grupo de cidadãos que organizou várias atividades com o objetivo de fazer convergir pessoas e gerar ideias sobre a construção coletiva de um habitat humano com futuro. Este grupo fez três edições do Eco-Festival no Jardim Público de Beja, ançou ciclos de Eco-Filmes e várias iniciativas de capacitação. Hoje faz parte do Domínio de Agroecologia do GAIA Alentejo e do grupo de trabalho de Agricultura, Florestas e Biodiversidade da associação ZERO. É um eterno estudante das coisas e dos espaços, praticante do cultivar e do ser cultivado.
Fonte: Diração Regional de Cultura do Alentejo