Comemora-se esta sexta-feira o Dia Mundial de Combate ao bullying .
A Guarda Nacional Republicana, no âmbito da prevenção e do combate à violência, ofensas, ameaças e qualquer tipo de intimidação em contexto escolar, associa-se ás comemorações deste dia, pela relevância que representa na vida das crianças e jovens.
O bullying é um conjunto de atos que servem para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e reiterados, praticados por uma ou mais pessoas no contexto de uma relação desigual de poder, causando dor e angústia na(s) vítima(s). Atualmente, e associado ao recurso às novas tecnologias, nomeadamente às redes sociais, o bullying tem assumido novos contornos, dando origem à vertente virtual do ciberbullying.
A GNR pretende alertar e sensibilizar a população em geral e, em particular, as crianças e jovens, os quais serão as mulheres e homens de amanhã, para a relevância da temática com o objetivo de apelar a uma estratégia de consciencialização, que visa contribuir para a mudança de comportamentos da sociedade e para a progressiva intolerância social face à violência nas escolas.
A Rádio Campanário falou com a Capitão Lígia dos Santos a este propósito que começou por nos referir “esta ação de sensibilização decorre no âmbito da campanha Escola Segura, especificando que durante o ano letivo esta força de segurança desenvolve algumas ações e esta é de extrema importância.”
No ano letivo de 2022/2023, a GNR realizou 1 285 ações de sensibilização, tendo sido direcionadas para 52 652 (entre crianças, jovens e adultos), maioritariamente em contexto escolar (dados provisórios).
Neste mesmo ano letivo, a Guarda registou 140 crimes, envolvendo Bullying e Cyberbullying.
A Capitão Ligia dos Santos, questionada se se trata de um crime em crescimento refere “felizmente não temos dados que nos permitam concluir isso ; ainda assim temos registado crimes nesta área.”
A Guarda Nacional Republicana,detentora de uma relação de proximidade com as populações, em especial nos territórios de baixa densidade, tem aqui um papel muito importante porque “infelizmente as pessoas ainda tem alguma vergonha de denunciar estas situações.”
A Capitão alerta ainda que “por norma os sinais de alerta são silenciosos” aconselhando a que “os pais, professores e todos os cuidadores a estarem atentos a sinais, tais como alterações de humor, abatimento físico e/ou psicológico, sinais de impaciência ou ansiedade, queixas físicas permanentes (dores de cabeça, de estômago, perturbações no sono, nódoas negras), irritabilidade extrema, ou qualquer outra mudança de comportamento.”
Para o jovens e crianças que possam eventualmente estar perante uma situação desta natureza, a Capitão deixa alguns conselhos “é importante conversarem, através do estabelecimento de relações humanas falar sobre este assunto.”