A Guarda Nacional Republicana (GNR), entre o dia 11 e o dia 17 de outubro, realiza a uma operação de fiscalização intensiva aos veículos pesados, orientando as ações para as vias mais críticas à sua responsabilidade, e onde se verifique um maior volume de tráfego deste tipo de veículos, de modo a promover a segurança rodoviária e a diminuição do risco de ocorrência de acidentes de viação.
Irão ser empenhadas as subunidades de trânsito dos Comandos Territoriais do Continente e da Unidade Nacional de Trânsito (UNT), na realização de ações coordenadas de fiscalização de veículos pesados. Estas ações procuram levar a efeito ações de controlo de veículos pesados de mercadorias e passageiros, tendo em vista a deteção de irregularidades ao nível dos tempos de condução e repouso e da manipulação de tacógrafos, com especial incidência nas matérias de manipulação e de Sistema de Redução Catalítica Seletiva (SCR), designadamente na deteção de situações de manipulação de sistemas que inibem a utilização de AdBlue, aumentando a eficácia e a qualidade dos serviços prestados pela Guarda aos utentes das vias.
Nos anos de 2019 e 2020, a GNR registou 11.159 acidentes envolvendo veículos pesados, dos quais resultaram 14 vítimas mortais e 36 feridos graves, entre condutores e passageiros.
No ano de 2021, a GNR já realizou três operações de fiscalização neste âmbito, nos períodos de 8 a 14 de março, de 19 a 25 de abril e de 10 a 16 de maio, tendo sido fiscalizados mais de 11 300 condutores de veículos pesados e registadas mais de 7500 contraordenações.
O Euro Contrôle Route (ECR) é um grupo Europeu de Inspeção de Transportes, que tem por objetivo melhorar a segurança rodoviária e a sustentabilidade, a concorrência leal e as condições de trabalho no transporte rodoviário. A concorrência verificada entre operadores de transportes rodoviários, origina, por vezes, a redução de preços por parte dos transportadores. Esta redução da margem de lucro, é, em alguns casos, compensada através da prática de irregularidades para aumentar a receita em detrimento da segurança rodoviária, sendo o cansaço o principal fator de risco que afeta os motoristas profissionais em resultado do incumprimento dos tempos de condução e repouso.