Apesar de publicado em Diário da República a necessidade de dar continuidade ao projeto de cooperação técnica e financeira ainda em execução, no sentido da conclusão da instalação da Biblioteca Municipal de Alandroal, a obra vai continuar nos tempos mais próximos no estado em que está de “total degradação e a exigir um tratamento volumoso em termos de custos”.
A presidente da Câmara de Alandroal em declarações à Rádio Campanário explica que esta publicação não acresce “nenhuma novidade para a câmara na medida em que nós já sabíamos que a adenda que foi feita ao contrato inicial que possibilita a câmara de vir a concretizar esta obra até final de 2016, e é na sequência deste despacho que a portaria vem autorizar a divisão da despesa relativa aos anos de 2014, 2015 e 2016 e como foi autorizada esta adenda, toda a despesa que estava a ser realizada em 2014 tem que ser repartida pelos próximos anos até 2016”.
Mariana Chilra diz que “não podemos pensar que só com a publicação desta portaria já está resolvido o problema da biblioteca, não está e temos muitos outros problemas a resolver nomeadamente a devolução do dinheiro da candidatura que foi apresentada na CCDR”, acrescentando, “já nos fizeram retenções de fundos de candidaturas que estavam em curso, apesar de termos feito o pedido para pagarmos em prestações”.
A autarca fala de uma nova candidatura, sem a qual não será possível concluir a obra da Biblioteca Municipal, “estamos agora à espera que nos comuniquem a aceitação da proposta que teve que ser reformulada para pagarmos em 36 meses e conjuntamente com o dinheiro que está a ser retido no âmbito de outras candidaturas para vermos se há hipóteses atendendo à fase de execução que já se encontra a Biblioteca, se temos condições até final de 2016, termos aprovada uma outra candidatura para a conclusão das obras e aí sim vermos concluído o edifício da Biblioteca”.
Mariana Chilra realça que “é completamente impossível sem uma nova candidatura porque estamos numa situação de rutura financeira há vários anos, é impensável que a câmara consiga devolver o dinheiro que já recebeu e estamos a falar de 360 mil euros e consiga ao mesmo tempo avançar com obras para concluir a Biblioteca porque são as duas coisas ao mesmo tempo”.
“É um problema que não está resolvido e não fica por aqui, é uma ajuda porque ficamos a saber que temos possibilidade até 2016”, refere.
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