O Governo vai lançar um novo concurso de recrutamento de professores, especialmente direcionado para as escolas e disciplinas com maior carência, incluindo a atribuição de um subsídio de deslocação de até 300 euros para docentes que trabalhem longe das suas residências. Estas medidas foram anunciadas esta quinta-feira em Conselho de Ministros e deverão ser discutidas com os sindicatos de professores em breve.
António Leitão Amaro, ministro da Presidência, destacou durante a conferência de imprensa que estas iniciativas são uma contribuição significativa para resolver um problema estrutural que afeta a educação em Portugal. “Acreditamos que isto é uma contribuição para a resolução de um problema estrutural, demorado e que exige tempo de colaboração entre o Governo, escolas, professores e sempre com o mesmo objetivo: que os alunos portugueses possam ter aulas”, afirmou o ministro.
O subsídio de deslocação será atribuído a professores que trabalhem a uma distância mínima de 70 quilómetros do seu domicílio fiscal. Um docente colocado a essa distância terá direito a um apoio de 75 euros, enquanto, para distâncias de 300 quilómetros, o subsídio alcançará o valor máximo de 300 euros.
O concurso de recrutamento tem como objetivo responder às necessidades das escolas com maior escassez de professores e às disciplinas mais deficitárias, com especial atenção às regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, onde a falta de docentes é mais acentuada.
Estas medidas fazem parte de um pacote de 15 ações anunciadas em junho pelo ministro da Educação, Fernando Alexandre, destinadas a combater a falta de professores no ensino público. O pacote de medidas tem um custo estimado de 20 milhões de euros.
