O Governo deverá aprovar hoje novas medidas para a terceira fase do plano de desconfinamento.
No plano inicial de desconfinamento, apresentado pelo governo no passado dia 11 de março, constam medidas como o regresso das aulas presenciais no ensino secundário e superior e a reabertura de restaurantes, pastelarias, lojas e centros comerciais.
Ontem, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, no debate sobre a prorrogação do estado de emergência, no parlamento, adiantou que estas medidas irão traduzir “um justo equilíbrio” entre desconfinamento e restrições, ou mesmo de suspensão do processo de reabertura, nas zonas mais atingidas pela covid-19.
Eduardo Cabrita deixou a hipótese de poder haver um tratamento diferenciado para os concelhos com um maior índice de transmissibilidade nas medidas a adotar no Conselho de Ministros de hoje.
O plano de desconfinamento do executivo prevê quatro fases de reabertura – duas já avançaram em 15 de março e 05 de abril – , a próxima será na segunda-feira, 19 de abril, e a última em 03 de maio.
As medidas podem ser revistas se Portugal ultrapassar os 120 novos casos de infeção com o novo coronavírus por 100 mil habitantes em 14 dias ou, ainda, se o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 ultrapassar 1.
Caso se venha a manter o estipulado inicialmente pelo governo, nesta terceira fase de desconfinamento podem avançar medidas como:
– o regresso das aulas presenciais no ensino secundário e no superior;
– a reabertura de todas as lojas e centros comerciais, bem como de cinemas, teatros, auditórios e salas de espetáculos.
– a reabertura dos restaurantes, cafés e pastelarias (com um máximo de quatro pessoas nas meses no seu interior ou seis, por mesa, em esplanadas)- até às 22h00 durante a semana ou 13h00 ao fim-de-semana e feriados.
– a reabertura das Lojas do Cidadão deverão abrir com atendimento presencial por marcação;
– o regresso das modalidades desportivas de médio risco e a atividade física ao ar livre até seis pessoas e os ginásios sem aulas de grupo.
O plano prevê ainda a realização de eventos exteriores com diminuição de lotação e casamentos e batizados com 25% da respetiva capacidade de acolhimento.