O Ministro das Infraestruturas e Habitação esteve esta terça-feira em Sines onde enalteceu o papel do Porto Alentejano para a economia portuguesa destacando que o mesmo é essencial para liderar os desafios energéticos que se apresentam na Europa.
As declarações do Ministro foram proferidas à margem da assinatura de um memorando de entendimento para a criação de um corredor verde para o transporte de combustíveis alternativos e matérias-primas baseadas em derivados de hidrogénio, como o e-amoníaco e o e-metanol, e produtos como o CO2 liquefeito, de Portugal para o Noroeste da Europa.entre os portos de Sines, Roterdão (Países Baixos) e Duisport (Alemanha) e a empresa Madoqua.
A cerimónia contou ainda com a presença de Mona Neubaur, Ministra da Economia, Indústria, Proteção do Clima e da Energia e Vice-Primeira-Ministra do Estado Alemão da Renânia do Norte-Vestfália. O Memorando de Entendimento foi assinado por Marloes Ras da Madoqua, José Luis Cacho pela Administração dos portos de Sines e do Algarve, por Wouter Demenint pelo porto de Roterdão e por Markus Bangen da Duisport.
O memorando de entendimento procura reafirmar o compromisso de cada uma das partes com a transição energética do seguinte modo: reforço do papel do hidrogénio verde e da produção de derivados, como os combustíveis sintéticos, incluindo a logística de subprodutos como o CO2; apoio a projetos-chave de grande escala para estabelecer a infraestrutura inicial e o ecossistema da cadeia de abastecimento; alargamento do corredor verde já planeado entre Portugal e os Países Baixos para a Alemanha; uma melhor compreensão dos fluxos tangíveis de produtos de combustíveis verdes ao longo deste corredor verde com base em projetos-chave; desenvolvimento e promoção da exportação da produção, bem como a infraestrutura de importação e receção em Portugal, nos Países Baixos e na Alemanha.
O pilar deste corredor será o terminal de armazenamento e abastecimento de combustível verde atualmente a ser desenvolvido pela Madoqua no Porto de Sines. O terminal é único no sentido em que será totalmente operado com base em fontes de energia renováveis provenientes de ativos de produção específicos. O projeto do terminal irá acelerar a produção em grande escala e o abastecimento de combustíveis sintéticos em Portugal, com posterior escoamento para fornecedores específicos no noroeste da Europa. O terminal baseia-se num modelo de acesso aberto em que a infraestrutura será implantada a pedido, com um investimento previsto de 500 milhões de euros em ambas as fases.