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Governo já definiu a zona especial de proteção da Anta Grande do Zambujeiro em Évora

Já foi publicado o diploma governamental que define a zona especial de proteção (ZEP) da Anta Grande do Zambujeiro, assim salvaguardando o maior monumento megalítico de Portugal e um dos maiores de toda a Europa, localizado no concelho de Évora.

O diploma foi publicado dia 13 de janeiro e tem como fundamento “assegurar o enquadramento paisagístico do sítio classificado” bem como “as perspetivas da sua contemplação”.

Segundo o Município, a portaria do governo tem também como objetivo “preservar as estruturas de carácter rural já existentes no interior do polígono”. A elaboração deste diploma recebeu a contribuição da Câmara Municipal de Évora no âmbito do estudo das restrições mais adequadas para a ZEP em colaboração com a Direção-Geral do Património Cultural e a Direção Regional de Cultura do Alentejo.

Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora, “manifesta o seu acordo e satisfação pela criação da zona de proteção especial da Anta do Zambujeiro que considera um passo importante para a sua preservação.” Contudo, “reitera a sua preocupação com o estado de conservação da Anta que exige uma intervenção urgente para a qual a Câmara Municipal já se disponibilizou a participar.”

Através da legislação agora aprovada “é criada uma área de sensibilidade arqueológica (ASA), correspondente a toda a ZEP, em que qualquer intervenção ou alteração do uso do solo, incluindo alterações ao coberto vegetal, deve ser objeto de medidas de salvaguarda de carácter preventivo e, nomeadamente, de acompanhamento arqueológico”, pode ler-se no comunicado.

Refira-se que a Anta Grande do Zambujeiro se enquadra “cronologicamente no Neolítico final/Calcolítico (3500-2000 a.C.), identificando-se indícios de utilização e episódios de revisitação do monumento durante a Idade do Bronze. O monumento, originalmente envolvido por um tumulus de planta circular, é constituído por uma câmara poligonal, formada por sete esteios graníticos e uma laje, todos de grandes dimensões, e por um corredor com 16 esteios, coberto por lajes dispostas transversalmente. O acesso ao interior seria precedido por um átrio, no qual ainda se pode identificar uma grande estela de granito. No local foi recolhido um vasto e diversificado espólio, atualmente musealizado”, salienta o diploma publicado em Diário da República.

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