As ministras de Estado e da Presidência e da Saúde reúnem-se com epidemiologistas ainda esta quarta-feira, ao fim da tarde, numa altura em que aumenta a pressão para o encerramento das aulas presenciais do terceiro ciclo e do Secundário.
Fonte do Governo referiu à agência Lusa que esta reunião de Mariana Vieira da Silva e Marta Temido com os epidemiologistas que habitualmente participam nos encontros com o Governo, Presidente da República e partidos, no Infarmed, em Lisboa, antecede o Conselho de Ministros que se realiza amanhã, quinta-feira.
Segundo a notícia avançada pelo Jornal de Notícias, o primeiro-ministro, António Costa, que se encontra em Bruxelas, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, reunir-se-á com as ministras de Estado e da Presidência e da Saúde logo após chegar a Lisboa esta noite.
“Os números de hoje são particularmente dramáticos”, reconheceu António Costa, que disse não poder hesitar em tomar as medidas necessárias para combater a pandemia. “Todos sabemos hoje qual foi o custo social e de aprendizagem para as crianças do encerramento das escolas no ano passado. Está-se a falar da formação de um geração e este é um dano cujo preço pagaremos ao longo dos próximos tempos”. Como tal, o primeiro-ministro disse, em Bruxelas, ser necessária calma para se avaliar os dados. Só depois tomar medidas.
Recusando tomar decisões sob pressão, Costa disse aguardar por análises que estão a ser feitas pelo Instituto Dr. Ricardo Jorge, para saber se pertencem à nova estirpe do novo coronavírus, que acelera o ritmo de transmissão. “Se a prevalência dessa estirpe for efetivamente relevante, aí, porventura, temos mesmo de tomar medidas que não tínhamos contado tomar”.
Em relação a uma eventual suspensão das aulas presenciais, o Presidente da República indicou na passada terça-feira que no próximo dia 26 deste mês haveria nova reunião com epidemiologistas no Infarmed, em Lisboa, e que nessa mesma tarde receberá no Palácio de Belém os partidos com representação parlamentar, no entanto, face ao rápido crescimento diário do número de infetados, do número de internamentos e de óbitos em Portugal, dentro da direção do PS, assim como no Governo, admite-se já que esse calendário de decisão em relação às escolas possa ser antecipado.