A autarquia de Arraiolos aguarda há mais de uma década por um “desenlace” da lei aprovada no Parlamento, em 2002, para a criação do Centro para a Promoção e Valorização do Tapete de Arraiolos, que visa a certificação deste património secular do concelho arraiolense.
Em declarações à Campanário, a autarca Sílvia Pinto lamenta a falta de progressão deste processo, considerando que tem sido “demasiado demoroso” e que só tem contribuído para a “desvalorização” deste património.
Para a criação do Centro é necessária a aprovação dos Estatutos do Centro, e para tal suceder a iniciativa surgiu da bancada parlamentar do PCP, que há cerca de dois anos viu os deputados parlamentares aprovar por unanimidade a recomendação feita ao Governo para que este “retomasse o processo” da sua elaboração, realçou a autarca Sílvia Pinto à Campanário.
Com a recomendação aprovada o Governo deveria ter elaborado os estatutos através de um grupo constituído para o efeito, no entanto os últimos desenvolvimentos também surgem da bancada parlamentar dos comunistas, que recentemente “apresentou os estatutos para a criação do Centro”
Sílvia Pinto afirma ainda que “o Governo é que tem em mãos o desenvolvimento e criação deste Centro” e não compreende “porque há outros patrimónios que são certificado e o Tapete de Arraiolos não teve desenvolvimento”.
Outro passo importante na valorização do Tapete é a candidatura a Património Imaterial da UNESCO, que neste momento segue um curso normal embora esteja “dependente” do registo no Inventário Nacional de Referências Culturais, algo que a autarquia aguarda e calcula que tenha “brevemente” uma resposta, afirma Sílvia Pinto.