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O Governo decidiu hoje, 14 de Maio, em Conselho de Ministros, antecipar para 2034 a conclusão da ligação ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, em coordenação com Espanha. Quando o projecto estiver completo far-se-á Lisboa-Madrid em 3h00 e Porto-Lisboa em 1h15, garante o Executivo.

Mas esta é uma decisão que vai também ter impacto na vida de quem vive no interior de Portugal, no Mundo Rural. Nomeadamente no Alentejo. A antecipação da linha de alta velocidade, no seu impacto nacional, “vai reduzir o tempo de percurso Lisboa-Elvas para cerca de 2h00 em 2025 e para cerca de 1h00 em 2034, quando todo o percurso estiver operacional”. Refira-se que, por estrada, a distância entre Lisboa e Elvas é de 208 km, podendo ser feita em automóvel através da A2 e A6, em 2 horas e 15 minutos.

Actualmente, a ligação entre Évora e Elvas está em construção, “devendo entrar ao serviço em 2025. Terão dinda de ser construídas a terceira travessia do Tejo em Lisboa (TTT) até ao Poceirão e a ligação entre o Poceirão e Elvas”, informa o Governo, adiantando que a linha de alta velocidade “terá total complementaridade com a rede ferroviária convencional e com a rede ferroviária espanhola junto à nossa fronteira: bitola, alimentação eléctrica e sistemas de sinalização”.

A decisão destina-se a “oferecer uma alternativa de transporte ferroviário competitiva (nomeadamente com o avião)”, estabelecendo como objectivo os seguintes tempos de percurso:
• Porto-Lisboa – 1h15
• Lisboa-Madrid – 3h00
• Porto-Vigo – 0h50

A linha de alta velocidade “disponibiliza uma alternativa ferroviária competitiva aos voos diários, de 40 voos entre Lisboa e Madrid e de cerca de 20 entre Porto e Lisboa”, realça o Governo.

Lisboa-Madrid

E frisa que, na ligação entre Lisboa e Madrid, a linha de alta velocidade “reduzirá o tempo de percurso para 6h00 em 2027 e para 3h00 2034, quando todo o percurso estiver operacional”.

Desta linha está construída a ligação Badajoz-Placencia e Toledo-Madrid, em construção e ligação Évora-Elvas (Caia) e a ligação Placencia-Talayuela (que entrará ao serviço em 2027), e a construir a TTT, a ligação Poceirão-Évora e a ligação Talayuela-Toledo.

A calendarização dos investimentos será compatibilizada com Espanha, para “garantir uma execução coordenada e atempada do projecto, optimizando plenamente a disponibilidade de financiamento europeu”.

A decisão agora tomada pelo Governo de acelerar a construção da linha de alta velocidade Lisboa-Madrid reside na “necessidade de descarbonização dos transportes, na transferência para modos de transporte energeticamente mais eficientes, no desenvolvimento económico e na coesão territorial e social”. “Esta Ligação de Alta Velocidade, que dá cumprimento ao Programa Nacional de Investimentos 2030 e ao Plano de Trabalho do Corredor Atlântico, permitirá ainda impulsionar de forma decisiva o sector ferroviário, em Portugal”.