A Associação de Assistência de Vila Boim está a passar por um momento conturbado com o presidente da associação, eleito a 27 de dezembro do ano passado, a não tomar posse devido a uma providência cautelar interposta por dois sócios integrantes de uma das listas concorrentes ao ato eleitoral.
Em entrevista à Rádio Campanário, Carlos Nascimento, candidato derrotado explica que “houve um ato eleitoral que tinha que ser feito porque já estávamos em fim de mandato e tinha que ser feita essa eleição, obteve-se um resultado em que a lista vencedora foi a lista B encabeçada pelo senhor Francisco Rego no dia 27 de dezembro por uma diferença substancial”.
Apesar disso, Francisco Rego ainda não tomou posse, Carlos Nascimento justifica com a providencia cautelar interposta, referindo “segundo os estatutos quando há uma eleição dentro do ano civil anterior, no ano seguinte tem que se dar posse até dia 15 de janeiro à lista eleita, neste caso a lista B, entretanto fomos notificados por sócios que interpuseram uma providencia cautelar e que o efeito imediato tem como medida a suspensão das deliberações da assembleia, neste caso a assembleia de voto, não podíamos cumprir o que estava estipulado nos estatutos e que teríamos que aguardar o seu desfecho”.
Quando questionado sobre as pessoas que interpuseram a referida providencia cautelar, Carlos Nascimento confirma que foram dois sócios que integravam a sua lista “que se sentiram lesados”, acrescentando, “entendo que não foi clara a votação, acho que houve vários fatores que de alguma maneira influenciaram a votação, uma eleição deve decorrer com normalidade”, justificando, “houve uma falta de respeito na abertura das urnas após a votação”.
A área financeira foi outro dos temas abordados, com Carlos Nascimento a dizer que a Associação de Assistência de Vila Boim “não tem dívida”, referindo, “é normal com um passivo pontual, não juntamos dinheiro mas não temos dívida”.
Abordada a questão veiculada nos últimos dias de que os idosos estariam a ser mal tratados e a tomar banho de água fria e que a instituição corria o risco de fechar, Carlos Nascimento reage dizendo, “ estas acusações têm vindo à praça pública através das redes sociais, de um manifesto que fizeram sobre a situação atual mas o que mais me chocou foi o senhor Tiago Abreu que é vereador na Câmara Municipal de Elvas, que vem dizer efusivamente que os idosos do lar de Vila Boim tomam banho de água fria, comem mal, são mal tratados, acho que a conduta do vereador não é a mais correta visto estar a acusar esta instituição de situações que não correspondem à verdade, não há nenhum utente que tome banho de água fria, não há nenhum utente que seja maltratado, nenhum funcionário seja maltratado, não há nada de maus tratos porque isso é gravíssimo, mas não podemos utilizar o nosso estatuto de vereador para levantar estas calúnias, tem que haver provas e essa pessoa vai ser chamada à responsabilidade porque isso está a denegrir a imagem da associação, prejudica financeiramente e em termos de confiança”.
A finalizar Carlos Nascimento diz, “vamos entrar com uma queixa-crime no tribunal contra Tiago Abreu e várias pessoas que difamaram a instituição e têm que a compensar”.
