A Secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, e os presidentes das câmaras municipais de Barrancos, de Grândola, de Moura e da Vidigueira, participam hoje num roteiro dedicado ao saneamento no Alentejo.
O roteiro “Saneamento no Alentejo” destaca infraestruturas de saneamento da AgdA – Águas Públicas do Alentejo, empresa responsável pela gestão do Sistema Público de Parceria Integrado de Águas do Alentejo (SPPIAA), bem como projetos piloto de produção de água para reutilização na rega de vinhas que concretizam o potencial da produção e utilização de ApR – Água para Reutilização (água residual tratada) para uma gestão integrada da água e para a proteção dos recursos hídricos na região.
O roteiro iniciou-se em Grândola, com a inauguração da nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), que recebe a totalidade das águas residuais domésticas da Vila de Grândola, estando dimensionada para servir 9.000 habitantes-equivalentes com uma capacidade de tratamento de 1.966 m3/dia.
A entrada em funcionamento desta instalação permitiu desativar duas ETAR (Ameira e Fontaínhas) que se encontravam obsoletas e sem capacidade de tratamento dos volumes de águas residuais da Vila de Grândola, nem condições para dar cumprimento aos normativos legais. A ETAR dispõe de uma linha dedicada para tratamento complementar do efluente tendo em vista a sua reutilização para lavagens e rega dos espaços verdes
Além da ETAR de Grândola, a renovação do subsistema de saneamento de Grândola envolveu a construção de uma estação elevatória de águas residuais, a reabilitação de duas estações elevatórias e a construção de condutas elevatórias e coletores gravíticos, entre outras intervenções, totalizando um investimento superior a 3,6 milhões de euros, concretizado pela AgdA – Águas Públicas do Alentejo com o cofinanciamento em 85% pelo PO SEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.
O roteiro integra ainda a inauguração da reabilitação da ETAR de Amareleja, no concelho de Moura, intervenção que representou um investimento total de 372 mil euros, cofinanciado a 85% pelo PO SEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, e permitiu dimensionar a instalação para tratar um caudal médio de 539 m3/dia de águas residuais produzidas por 3.000 habitantes-equivalentes.
Criado em 2009, o Sistema Público de Parceria Integrado de Águas do Alentejo (SPPIAAlentejo) insere-se num modelo de gestão inovador para o setor da água que assenta na celebração de contratos de parceria entre o Estado central e as Autarquias Locais para a gestão integrada do ciclo urbano da água.
O montante atualmente previsto para o plano de investimentos inicial em infraestruturas de abastecimento de água e de saneamento no âmbito do SPPIAAlentejo ronda os 250 milhões de euros, valor a executar pela AgdA – Águas Publicas do Alentejo, a quem está atribuída a respetiva exploração e gestão. O investimento já realizado em sistemas de saneamento de águas residuais ronda os 50 milhões de euros, num total de 150 milhões de euros.