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GRANDOLA: “Não tenho nenhuma indicação de que se irá encerrar o parque da Galé este Verão” diz Pres.da Câmara. C/áudio

O parque de campismo da Vila Galé de 32 hectares situado à beira mar, abaixo da Comporta e antes de Melides, no concelho de Grândola, que foi comprado em novembro de 2021 pelos americanos do empreendedorismo Costa Terra, causando assim o medo com o futuro do parque e tendo culminado na criação de duas petições, “Manter o parque Campismo da Galé” e ” O Camping Galé é de TODOS!”, das quais a primeira alcançou mais de 11 mil assinaturas, número este mais do que suficiente para que este documento fosse apreciado em Plenário da Assembleia da Républica.

Segundo as noticias adiantavam nessa altura, Novembro e Dezembro do ano passado, a empresa Discovery Land adiantava que o principal objetivo passaria por “transformar a área com a construção de 292 residências, com um preço mínimo por lote de 3,4 milhões de euros, assim como a construção de um campo de golfe. “, e um mês depois, Dezembro de 2021, a Discovery Land garantia ao Presidente da Câmara Municipal de Grândola António Mendes que iria manter os 38 postos de trabalho e que dicidiria o que fazer com os 32 hectáres após um diagnóstico  das condições do parque.

Contactado pela Rádio Campanário acerca deste processo o Autarca do Municipio de Grândola refere que “não temos muito a dizer a não ser aquilo que já dissemos e que veio a público”, referindo que o sucedido foi um negócio entre privados em que a Câmara não podia intervir do ponto de vista legal e por isso “aquilo que sempre fizemos junto da empresa foi que nos garantissem que não iam fechar o parque de campismo e, portanto, é isso que para nós até ao momento não há outra situação sem ser essa”.

Diz também que o município tem estado em contacto com uma comissão de utentes e frisa que “tudo faremos para que o parque não encerre, o que ao município interessa é que aquele parque se mantenha em atividade, agora não podemos interferir na gestão do próprio parque, nós queremos é ter ali um parque de campismo com importância que ele tem que é utilizado por milhares de pessoas”.

Acerca da interferência que o município poderá ter em termos legais numa decisão de se vir a encerrar o parque António Mendes responde que “podemos interferir no ponto de vista da pressão, de contactar as pessoas, mas não podemos do ponto de vista legal intervir no sentido de eles encerrarem o parque”, voltando a sublinhar o facto da gestão deste espaço ser privada, mas ressalvou que do ponto de vista político “sim, e é o que temos vindo a fazer que nos garanta que o parque não encerra, mas não temos nenhuns dados concretos que nos digam que o parque vai encerrar a curto prazo.”

Quando questionado acerca das 11 mil assinaturas na petição apenas diz que neste caso caberá a assembleia da Républica utilizar os seus poderes e deliberar, pois, “a petição é com a Assembleia, não é com a Câmara e nesse ponto nós não podemos decidir.”.

Diz também que a Câmara esteve “há muitos meses” em reuniões com os proprietários deste parque de campismo e também com a comissão de utentes mais recentemente, que representam os utentes do parque, com os quais a Câmara têm vindo a dialogar e se tem mostrado disponível para fazer com que o parque não encerre.

Relativamente ao que os proprietários transmitiram nessa mesma reunião afiramou que “foi nos dito que não iriam encerrar o parque a curto médio prazo”.

Segundo a Rádio Campanário conseguiu apurar o parque não seria encerrado totalmente, mas sim encerrado temporariamente para manutenção e com o início da época balnear cada vez mais próxima o Autarca não consegue garantir nada e diz que “terão de ser os donos do parque a responder a isso “, referindo mais uma vez que é uma questão de gestão privada do espaço, mas também diz que “não tenho nenhuma indicação de que se irá encerrar o parque durante este verão”.

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