A Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC) e a Guarda Nacional Republicana (GNR), através do Comando Territorial de Évora, apresentaram hoje, numa cerimónia pública em que a Rádio Campanário esteve presente, os roteiros GUARD & GUIDE, nas instalações da CIMAC.
O projeto GUARD & GUIDE, desenvolvido no âmbito de uma parceria estabelecida entre o Comando Territorial de Évora e a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), tem como objetivo garantir a articulação direta com todas as autarquias do distrito, tendo em vista a concretização das seguintes três ações:
1. Criação de uma imagem de marca associando a Guarda Nacional Republicana à valorização do património e dos recursos endógenos do Distrito de Évora e da Região Alentejo, realçando a importância da Segurança no âmbito da preservação patrimonial;
2. Edição de 14 publicações bilíngue, tantas quantos os municípios do distrito de Évora, servindo de suporte aos militares no terreno na sua relação com os cidadãos em geral e com os turistas em particular;
3. Criação e implementação de um programa formativo, protocolado entre a GNR e a Universidade de Évora, prevendo o envolvimento de Professores da Instituição nas áreas da História, Património, Arqueologia e Ambiente, e abrangendo um grupo de militares da GNR que possam, desta forma, familiarizar-se de modo mais próximo com os pontos mais emblemáticos dos concelhos do distrito.
A cerimónia contou com a presença do Exmº Presidente da CIMAC, Dr Carlos Pinto de Sá e o Exmº Comandante do Comando Territorial de Évora, Coronel Joaquim Vivas.
A Rádio Campanário falou com o Comandante do Comando Territorial de Évora. De acordo com o Coronel Joaquim Vivas, “este projeto dá corpo àquilo que a Guarda vem fazendo e sempre fez. A Guarda e cada um dos militares no terreno sempre se assumiram como um elo de ligação e de divulgação dos conhecimentos que têm do terreno perante o turista que nos visita,” acrescentando que “esta ponte que fazemos agora, é uma materialização daquilo que nós já vamos fazendo, mas agora com outros meios. Com o roteiro, muito bem feito e elaborado, que nos ajuda a transmitir mais essa sensação.”
O Coronel revelou que os militares tiveram “formação especifica, dada pela Universidade de Évora, que transmite competências novas aos guardas, que estão a fazer o seu trabalho no terreno e que, podem ajudar e colaborar: quer o turista, quer a valorizar aquilo que de melhor nós temos, em termos de património edificado e, portanto, este projeto insere-se nisso, num trabalho que a Guarda já faz, agora com melhores condições e melhores competências para levar por diante.”
Questionado sobre qual seria a forma de utilização do roteiro, ou seja, se era apenas para ser consultado ou se iria ser entregue aos visitantes, Joaquim Vivas diz que o roteiro “tem as duas valências. Além deles terem formação do edificado, e conhecerem já as características e a história de cada um dos edifícios e equipamentos que cada um dos concelhos tem, poderão, por via do roteiro, também apresentar, evidenciar e indicar ao turista.” De acordo com o Coronel, os militares “tem o roteiro com eles” e além disso, vai estar ” quer nos postos da GNR, onde o turista se pode dirigir e receber o roteiro, quer ainda nos pontos de turismo dos municípios, onde estarão disponibilizados estes roteiros.”
No que diz respeito ao número de militares que foram formados pela UÉ, Joaquim Vivas revela que “todos os comandantes dos 33 postos que temos no distrito tiveram formação”. Também “os 4 comandantes de destacamento tiveram formação e replicam, e agora todas as secções de programas especiais do distrito de Évora do Comando Territorial, tiveram também formação,” acrescentando que ” nesta última abordagem, cerca de 100 militares receberam esta formação durante uma semana pela UÉ, pelos professores desta área de História e do Património edificado do Distrito.”
Sobre o novo projeto, o Comandante do Comando Territorial de Évora destaca que “este é a materialização de uma coisa que a Guarda já faz, e já tem um programa que é o Turismo de Suporte Patrol há uns anos”, sobretudo nas região do Algarve e do Litoral. Contudo, segundo Joaquim Vivas, “agora quisemos trazer para cá, inserindo com este programa do Guide & Guard.” O Coronel refere que “a escolha de Portugal tem muito a ver com questões ligadas á segurança,” acrescentando que “o fator segurança é fundamental para a escolha do turismo, e se nós damos corpo a essa sensação, porque a segurança é sempre uma sensação, se as pessoas se sentem seguras connosco, nós queremos potenciar ainda mais essa questão e através destes programas não só associamos a questão fator segurança, o turista sente-se bem connosco, como temos a capacidade de lhe mostrar ainda o melhor que temos e assim também valorizamos o território.”
Questionado sobre se sentiram necessidade de implementar este novo projeto no Alentejo, sendo que esta é uma região que atrai muitos turistas, deste tipo de projeto o Coronel Joaquim Vivas refere “a Guarda, com a sua diversidade a nível territorial nacional tem um posto em quase todas as localidades deste país, queríamos estar em todas, mas é a instituição nacional que mais pontos ao nível do terreno tem a sua implementação.” Para além da GNR, ” diríamos que é isto e é as Juntas de Freguesia e a GNR devem ser as instituições que mais representam o Estado a nível nacional, portanto, temos essa capacidade, conhecemos o terreno.” Mesmo que seja “um militar que chega de novo e se calhar não conhece tao bem o terreno que anda a pisar, estas ferramentas são para ele mais rapidamente saber o terreno que pisa, as gentes com as quais contacta e interage e melhor lhes poder explicar, e ao turista que chega consegue transmitir-lhe estas sensações e valorizar o património.”
Em conclusão o Coronel refere que “já houve outros projetos que hoje são projetos nacionais, que começaram no Comando Territorial de Évora. Eu vou repetir que este projeto tem esta versão diferente, sendo que se insere num projeto que a guarda já tem, que é o Turismo Suporte Patrol, portanto esta capacidade já existe na GNR, sendo que este é um projeto inovador, no sentido que nos estamos a assumir como elo de ligação entre o turista, o segurança e o património, portanto estamos no terreno se tivermos essa capacidade, se os nossos militares tiverem essas competências mais facilmente transmitimos a mais gente esta mais valia e capacidade de eles se sentirem bem entre nós”.
