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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Há afetividade com este convento. O sonho chegou… passados 22 anos e Montemor merece” diz Rui Horta do “O Espaço do Tempo”(c/som)

Realizou-se ontem a cerimónia de Assinatura do auto de recepção provisória da Empreitada urgente de consolidação e reforço de Fundações e Estruturas do convento da Saudação, em Montemor-o-Novo.

O Projeto de reabilitação deste Convento divide-se em duas fases, a primeira agora concluída e a segunda, agora reformulada e que avança para a reabilitação global do edifício.

A cerimónia decorreu no salão nobre do Município de Montemor-o-Novo e, posteriormente, decorreu a visita ao Convento da Saudação, em que a Rádio Campanário marcou presença. 

O diretor do centro transdisciplinar, Rui Horta, responsável pela estrutura cultural “O Espaço do Tempo”, esteve também presente e em declarações à Rádio Campanário referiu “é um dia muito feliz! Tardou em vir, esta foi a nossa casa, casa mãe dos criadores portugueses e esta cidade de Montemor-o-Novo que nos acolheu, merecia isto.”

Para o coreógrafo “passaram 22 anos, quase silenciosos, em qua chamámos a atenção para o problema existente neste edifício, e a tutela da cultura foi a que nos escutou e em dois meses estava lançada a primeira parte da obra” acrescentando que o princípio se mantém” um projeto artístico de excelência com artistas do mundo inteiro e um acreditar que aqui se pode incubar os melhores conteúdos das artes performativas.”

Rui Horta destaca ainda que este será um espaço cultural “e a cultura é para todos, é para a cidade, é para os montemorenses, é para os visitantes” considerando este projeto “um projeto de desenvolvimento local porque a nossa missão tem em conta que a cultura é um projeto âncora de desenvolvimento local.”

O diretor do centro transdisciplinar, Rui Horta, considera ainda que “se o projeto correr bem em Montemor-o-Novo, e eu acho que vai correr, pode ser inspirador para outros sítios e seja revelador do respeito pela cultura.”

Rui Horta destacou ainda que “ao longos dos anos tivemos sempre a noção da precariedade do espaço” ainda assim “fomos fazendo tudo, não deixámos de fazer o que pretendíamos, e temos a noção de que se tivéssemos parado, isto não teria acontecido.”

“Vivemos com o risco mas durante o tempo em que aqui estivemos nunca houve um problema de segurança” sublinhando que “ fomos investindo aqui os nossos recursos e isso ajudou.”

O diretor do centro transdisciplinar, Rui Horta refere ainda “ nós temos uma relação muito afetiva com este convento porque ele é um elemento de cultura” sublinhando ainda que esta intervenção do espaço “é uma homenagem às gerações que aqui estiveram antes de nós e permitiram que nós chegássemos aqui hoje.”

Apesar de ressalvar a importância desta reabilitação e questionado se a mesma vem tarde, Rui Horta afirma “vem muito tarde” afirmando “nós quase desesperámos e passamos por situações duríssimas aqui durante os últimos 22 anos.”

Foto: DN

 

 

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