O município de Barrancos aguarda a aprovação do Governo para dar andamento a um projeto que poderia vira criar 45 postos de trabalho, neste que é o município que maior taxa de desemprego apresenta no país (22,7%).
Projetado para a receção a utentes de todo o país, a construção do centro de atividades ocupacionais e um lar para pessoas com deficiência encontra-se num impasse há dois anos, continuando a aguardar a validação da candidatura aos fundos comunitários Portugal 2020.
Com pouco mais de 1500 habitantes e uma população envelhecida, o município alentejano recebeu a proposta feita pela Cercitop – Cooperativa de Empreendedorismo para o Desenvolvimento Económico e Social de Todo o País com bom agrado.
Orçamentado no valor de 2,6 milhões de euros, na altura, o projeto destacou-se por apresentar a possibilidade de criar 45 novos postos de trabalho e a possibilidade de o promotor conseguir um financiamento até 95% a fundo perdido.
Ainda à espera dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento no âmbito do programa Portugal 2020, a vereadora do município, Isabel Sabino, mostrou o seu descontentamento à comunicação social, referindo, “já cedemos o terreno em plena vila, junto ao parque de feiras e exposições, o Conselho Local de Ação Social aprovou o projeto e vamos comparticipar em 150 mil euros”.
Encarado como uma saída para criar emprego e combater a desertificação das últimas décadas, Isabel Sabino afirma que “faz falta ao concelho”, mencionando que irão “precisar de pessoas qualificadas que não temos aqui. Desde técnicos de enfermagem, psicólogos, fisioterapeutas. São pessoas que terão de ser recrutadas lá fora e que iriam trazer uma nova dinâmica ao concelho, podendo até casar e ter filhos, decidindo ficar por cá”.
Segundo o diretor da Cercitop, José António Bourdain, Barrancos não foi escolhido ao acaso indicando que este equipamento social poderá ser a melhor alternativa à “elevada procura” que a cooperativa tem em Sintra, registando há muito tempo falta de resposta, sobre a qual admite deslocar para a cila alentejana os utentes sem família, para quem será indiferente a zona do país onde recebem os cuidados.
Contactado pela comunicação social, o Ministério do Trabalho Solidariedade e Segurança Social não prestou qualquer tipo de declarações.