O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora não concorda com as declarações proferidas por José Miranda quando diz que “as corporações no interior do país estão a sofrer mais com a crise por terem menos apoios”.
As declarações foram proferidas pelo presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto, à margem da cerimónia de assinatura dos protocolos para atribuição de equipamentos de proteção individual às corporações de bombeiros do Tâmega e Sousa.
Inácio Esperança em declarações à Rádio Campanário diz que “o que se passa no interior do país passa-se no interior do Porto, onde a parte interior do distrito é muito semelhante a todo o interior de Portugal e aqui de fato cada vez os apoios são menos, cada vez os serviços são menos e cada vez há mais dificuldades em manter a funcionar as associações de bombeiros, em especial nos concelhos onde não existe grande apoio dos privados”.
“As associações estão cada vez mais empobrecidas”, lamenta.
O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora realça que “as dificuldades começaram há quatro anos, a grande machadada nos bombeiros foi dada quando foi dada a machadada às pessoas mais desfavorecidas, desde 2010 quando foi feita a alteração ao transporte não urgente dos doentes e a diminuição drástica e radical do número de credenciais veio pôr a nu que o sistema de proteção civil estava montado no sistema de saúde, ou seja no transporte de doentes”, acrescentando, “veio provar-se que os bombeiros têm dificuldades e que ninguém apoia os bombeiros e eles estão na situação em que estão”.
“Há pessoas no concelho de Vila Viçosa que não vão a tratamentos porque não têm dinheiro para pagar os transportes”, concluiu.
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