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Herdade de Montemor-o-Novo com projeto de reflorestação com aves (c/som)

A Herdade do Freixo do Meio, em Montemor-o-Novo, vai ser palco para um projeto de reflorestação de carvalhos, da Montis – Associação de Conservação da Natureza.

O projeto visa “tirar partido do comportamento dos gaios” no que concerne ao armazenamento de bolotas, para realizar sementeiras, explica à RC, Henrique Pereira dos Santos, Presidente da Montis.

Em Montemor-o-Novo, o processo incidirá em dois hectares cedidos à associação “para gestão, essencialmente com o objetivo de recuperação de uma ribeira”. Considera o presidente da associação que “esta recuperação é mais rápida”, se acompanhada da reflorestação de carvalhos.

A melhoria será registada também na zona envolvente, uma vez que, apesar da área de impacto do gaio estar entre os 500 metros e 1km, pode chegar aos 5 kms.

Cada gaio consegue armazenar cerca de 5 mil bolotas “na altura em que têm maior disponibilidade” do fruto, acabando por semear bolotas, ao se “esquecerem” das mesmas.

Desta forma, o projeto de reflorestação da Montis consiste em “disponibilizar bolotas em tabuleiros”, acima do solo para estarem a salvo de predadores como os ratos e os javalis, aumentando a disponibilidade de bolotas para os gaios”, potenciando o seu “papel de semeador”.

Para além de Montemor-o-Novo, o projeto será ainda implementado em terrenos geridos pela associação, nas zonas de Vouzela e S. Pedro do Sul (distrito de Viseu) e Arouca (Aveiro).

O objetivo final do projeto é “ajudar à recuperação dos sistemas naturais”, não tendo a associação “interesse económico direto”, declara.

Atualmente e até 15 de dezembro, a Montis está a desenvolver uma campanha de crowdfunding – financiamento público, visando angariar 2300 euros para a aquisição dos tabuleiros e de material fotográfico, para implementação do projeto nas zonas suprarreferidas, e para a sua gestão e avaliação.

O projeto será implementado apenas “no próximo outono”, uma vez que é a altura em que existirá novamente “disponibilidade de bolotas”.

 

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