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Hernâni Gonçalves: “FC Porto foi um justo campeão”

 

O FC Porto reforçou a hegemonia que mantém  há muito no futebol português, ao garantir matematicamente a conquista do  seu 19º título nos últimos 28 anos, mais precisamente desde a época 1983/84.

Uma conquista que Hernâni Gonçalves, reconhecido sócio dos dragões, considera “justa”. Em exclusivo à Rádio Campanário, o portista faz um balanço da época, aponta para as principais figuras da equipa e comenta a continuidade do treinador Vítor Pereira.

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Depois de não terem conseguido mais do que sete troféus nas primeiras  50 edições da prova, contra 26 do Benfica e 16 do Sporting, os “dragões”  mandam desde então e, com 26 cetros, ameaçam cada vez mais os 32 dos “encarnados”.

Nos últimos 28 anos, o conjunto portuense apenas não conquistou o campeonato  em nove ocasiões, perdendo seis para o Benfica (1986/87, 88/89, 90/91, 93/94,  2004/2005 e 2009/2010), dois para o Sporting (1999/2000 e 2001/2002) e um  para o vizinho Boavista (2000/2001), agora “desterrado” na II divisão.

O domínio da formação “azul e branca” fica igualmente bem expresso no  facto de só ter vivido numa ocasião (três anos, entre 1999/2000 a 2001/2002)  uma “seca” de mais de uma época sem título.  Como o título selado hoje, o FC Porto repetiu o sucesso da época passada,  somou o sexto em sete anos (desde 2005/2006) e o oitavo na última década  (desde 2002/2003), período em que só foi batido duas vezes, ambas pelo Benfica. Os “dragões” somam ainda 13 troféus nos derradeiros 18 anos (desde 1994/95),  15 em 21 (desde 91/92), 16 em 23 (desde 89/90) e 17 em 25 (desde 87/88).Os 19 títulos nos derradeiros 28 anos foram selados por 11 treinadores,  sete portugueses, que arrebataram 13, e quatro estrangeiros, vencedores  de seis. 

Entre os técnicos lusos, Artur Jorge, que abriu a série (1984/85) soma  três, os mesmos de Jesualdo Ferreira, enquanto António Oliveira a José Mourinho  conseguiram dois e Fernando Santos, André Villas-Boas e Vítor Pereira um. No que respeita aos estrangeiros, “bisaram” o brasileiro Carlos Alberto  Silva e o malogrado inglês Bobby Robson e somaram um título o jugoslavo  Tomislav Ivic e o holandês Co Adriaanse.  Destaque para os cinco cetros consecutivos, um recorde da competição,  conseguidos entre 1994/95 e 98/99: Fernando Santos fechou a contagem e entrou  para a história do clube e do futebol português como o “engenheiro do penta”.

O título conquistado na presente época será um dos menos conseguidos,  nomeadamente ao nível das exibições, já que, a duas rondas do fim, o FC  Porto só perdeu uma vez (3-1 no reduto do Gil Vicente), tendo cedido ainda  seis empates. Na ronda (17.) em que perderam em Barcelos, os portistas ficaram a  cinco pontos do Benfica, mas os “encarnados” deram “tiros nos pés” em Guimarães  (0-1) e Coimbra (0-0) e, à 21. jornada, o FC Porto deu uma passo de gigante  para o título, ao vencer por 3-2 em pleno Estádio da Luz. Um golo irregular de Maicon, que se encontrava em fora de jogo, selou,  perto do final, o triunfo dos “azuis e brancos”, que, depois disso, ainda  perderam o primeiro posto para o Sporting de Braga, ao empatarem em casa  com a Académica (1-1). 

Depois de 13 triunfos consecutivos, os “arsenalistas” caíram, porém,  na Luz (1-2), e, na ronda seguinte, em mais uma “final”, o FC Porto decidiu  em definitivo o título, ao vencer na “pedreira” (1-0), numa ronda 26 em  que o Benfica perdeu em Alvalade (0-1). 

 

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