Começa esta quinta-feira o julgamento do homem que está acusado de burla a câmaras municipais e instituições sociais do país, por alegadamente ter obtido verbas indevidas para transportar da Suécia equipamentos ortopédicos e hospitalares doados.
De acordo com a acusação, Carlos Quaresma, “terá recebido indevidamente cerca de 265 mil euros, valor obtido da diferença entre os valores recebidos e os pagos na verdade pelas despesas”, tendo recebido de cada autarquia ou instituição mais de seis mil euros.
Ainda segundo a acusação, o homem terá montado “um plano para obter para si quantias monetárias provenientes de autarquias e instituições de solidariedade social, mediante contactos com a promessa de doações de equipamentos ortopédicos médicos e hospitalares provenientes da Fundação AGAPE”, uma organização não-governamental da Suécia que tem doado material ortopédico e mobiliário médico a muitas instituições de vários países, incluindo Portugal.
Segundo a acusação, foram lesadas câmaras nos distritos de Aveiro (Oliveira de Azeméis), Beja (Ourique), Castelo Branco (Vila de Rei e Idanha-a-Nova), Coimbra (Cantanhede), Évora (Vila Viçosa), Faro (Vila Real de Santo António), Guarda (Pinhel e Aguiar da Beira), Lisboa (Lourinhã e Alenquer), Porto (Santo Tirso), Santarém (Ferreira do Zêzere e Mação), Setúbal (Setúbal, Almada e Sesimbra) e Viseu (São João da Pesqueira) e a Associação de Municípios da Ilha do Pico (Açores).
Na lista dos lesados, constam ainda instituições de solidariedade social dos distritos de Braga (Braga, Barcelos, Vila Verde e Vimioso), Bragança (Torre de Moncorvo), Coimbra (Soure), Porto (Vila do Conde, Maia e Vila Nova de Gaia), Santarém (Rio Maior, Alcanena e Entroncamento), Viana do Castelo (Viana do Castelo) e Setúbal (Barreiro).