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Hospital de Évora vai ter “Saúde Mental Perinatal” para mulheres desde a conceção até um ano após o parto!

O Programa de Saúde Mental Perinatal do HESE EPE tem início em janeiro de 2022 e constitui-se como um programa de intervenção multidisciplinar, cujo objetivo principal é a estruturação de uma intervenção com a Mulher no período perinatal e a sua rede de suporte, nomeadamente o pai e outros familiares ou elementos significativos, com vista à promoção de uma parentalidade saudável. O projeto é realizado em conjunto entre o Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental, o Departamento da Mulher e da Criança e o Serviço de Ginecologia e Obstetrícia.

O período perinatal – compreendido como o período desde o momento da conceção até um ano após o parto – constitui uma experiência única, individual e familiar, envolta em transformações e adaptações multifacetadas a nível físico, psíquico, social e emocional. A equipa multidisciplinar deste programa é composta por uma Médica Psiquiatra, uma Médica Interna de Formação Específica em Psiquiatria, uma Técnica Superior de Psicologia e uma Enfermeira Especialista em Saúde Mental e Psiquiátrica, com funções clínicas no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia.
“As problemáticas de Saúde Mental neste período constituem atualmente a principal complicação obstétrica não diagnosticada, sendo o período perinatal a fase do ciclo de vida das mulheres em que existe maior risco para o desenvolvimento de doença mental, menciona Teresa Reis, Responsável pelo Programa. 30% das mulheres, e 10% dos homens desenvolvem doenças mentais no período perinatal. Especificamente no período após o parto, até 80% das mulheres sente alguma mudança leve de humor ou “tristeza”, 22% das mulheres e 10 % dos homens desenvolve sintomas compatíveis com perturbação depressiva (Earls, et al, 2010), o que enfatiza a importância e potencial impacto da implementação do programa.
“É importante relembrar que qualquer mulher pode desenvolver uma perturbação de humor ou de ansiedade durante a gravidez ou pós-parto, por isso, é essencial reconhecer os sintomas para que se possa obter a ajuda que precisa e merece o mais brevemente possível. Estes números são reais e são uma prova que este é um tema pertinente e que deve ser encarado pela sociedade como tal. Se sente que precisa de ajuda fale com o seu médico ginecologista, médico de família ou enfermeiro da unidade de saúde”, reforça Teresa Reis. 

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