Terminou o empasse que já durava há cinco anos e que opunha Vítor Baía, à construtora Casais, SA, de Braga, e a Caixa Geral de Depósitos.
Recorde-se que o ex-futebolista pagou três milhões de euros por um terreno que custou, a quem o vendeu, apenas 32 mil euros. Este facto fazia parte do processo por burla contra o economista que administrou as empresas de Vítor Baía.
Em causa estava o terreno onde hoje está o "Hotel Évora Machede". O ex-guarda-redes do F. C. Porto e Barcelona, detentor de 90% das quotas da "Perdiganito", dona da unidade hoteleira de luxo, começou por ter apenas 40%. Os 50% entretanto adquiridos eram de outros dois sócios que entraram para a firma com aquele imóvel.
A constituição de um fundo de investimento permitiu ao ex-guarda-redes e uma das suas empresas ficarem livres de avultadas dívidas, que ultrapassavam os 14 milhões de euros. Em causa estava a construção do Hotel Évora Machede, no Alentejo, que passou a ser propriedade daquele fundo e, agora, passará a ter condições para começar a funcionar.
Recorde-se que em julho de 2014, a Rádio Campanário noticiou que o Tribunal de Braga sentenciou a empresa de Vítor Baía, antigo guarda-redes do FC Porto e da Seleção Nacional, ao pagamento de 2,25 milhões de euros à construtora Casais por falta de pagamento de uma obra de um hotel realizada próximo da cidade de Évora.
A empresa Casais tinha o direito a reter o prédio da empresa Perdiganito, propriedade de Vítor Baía, até que estes pagassem integralmente a dívida, com prioridade sobre a Caixa Geral de Depósitos, titular de uma hipoteca como garantia de um empréstimo de dez milhões de euros.
A juíza Patrícia Madeira condenou ainda a empresa por “litigância de má-fé”, por “contestar como o fez, alegando, por um lado, que a obra não está concluída, quando solicitou a vistoria e obteve a licença”.
A condenação a má-fé está relacionada com a “violação do prazo contratualmente fixado para termo da obra" e a multa por este crime tem o valor de 2.040 euros.
Vítor Baía teria que pagar os 2,25 milhões de euros, mais juros, por não ter pago a obra completa.
Foto: D.R.