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III Encontro das IPSS do Alentejo reuniu cerca de 100 instituições em Évora onde se falou da “responsabilidade do Estado no processo de cooperação”, diz Tiago Abalroado (c/som)

Decorreu em Évora, esta quinta-feira, dia 3 de janeiro, o III Encontro das IPSS do Alentejo, que reuniu cerca de 100 instituições dos quatros distritos da região Alentejo, Portalegre, Évora, Beja e Setúbal, contando com a presença dos presidentes das Uniões Distritais de Lisboa, Santarém e Setúbal, sob o tema “Cooperação – Via de Concertação e de Impacto Social”. Este foi também momento da tomada de posse dos corpos gerentes 2019-2022 da UDIPSS-Évora – União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Évora, eleitos no passado dia 30 de novembro.

Em declarações à Campanário, Tiago Abalroado, presidente da UDIPSS-Évora, disse que este “foi um encontro muito multitemático”, onde “houve oportunidade das instituições intervirem e colocarem questões aos oradores, também conviverem um bocadinho”, tendo contado, na abertura, “com um grupo coral de uma das instituições associadas à União distrital e encerramos também com o Grupo Coral dos Trabalhadores da Segurança Social”, o que “é revelador da proximidade que existe desde há muitos anos, entre a UDIPSS e o Centro Distrital”.

“Um painel de oradores que se dividiu por três temas”, como “o lugar do Estado no caminho da cooperação, uma conferência co o advogado e ex-Secretário de Estado da Segurança Social, José Manuel Simões de Almeida, sobre os desafios da cooperação”, sendo que “depois, no período da tarde, falámos de mais sobre concertação social, com quatro oradores, também eles especialistas em diferentes matérias, onde destaco o Dr. Filipe Almeida, Presidente da Comissão Diretiva do Portugal Inovação Social, e que apresentou à instituições este instrumento de financiamento”, explicou o dirigente.

Como resultado desde encontro de ideias, “podemos dizer que se lançaram importantes pistas para o reforço da cooperação” entre as Instituições de Solidariedade Social, pois “é importante não esquecermos que a relação de cooperação (…)[consiste em] envolver a relação entre as instituições e todos aqueles que estão à sua volta”, como “os próprios utentes, as próprias famílias e pelas populações que apoiam e as cidades em que estão inseridas”, diz Tiago Abalroado.

Mas, além disso, “acima de tudo falou-se de forma séria da importância que é a responsabilidade do Estado no processo de cooperação, da relação horizontal entre as instituições e o Estado, sem haver sobrancerias, sem haver autoritarismo”, porque “todos nós estamos para servir as pessoas”, por isso “a relação tem que ser uma verdadeira de relação”, afirma o dirigente.

Para este ano de 2019, ainda no início, “aquilo que perspetivamos é poder dar continuidade a esta relação estreita que as instituições têm conseguido manter com o Centro Distrital da SS”, que “agora com o Diretor José Ramalho também este trabalho tem sido muito aprofundado”.

Ao mesmo tempo, Tiago Abalroado destaca a importância de existir “a flexibilidade necessária por parte das instâncias tutelares, quando os interesses das pessoas, das populações e das comunidades se sobrepõem, porque não podemos estar focados na rigidez”. Uma vez que “a satisfação da necessidade das pessoas não se faz de forma rígida, as pessoas não são números, são pessoas”.

Por isso, “o que as instituições esperam do Estado, é que saiba ser um agente facilitador do processo da prestação de serviços da ação social que é desenvolvida no território”.

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