Dez equipamentos de proteção individual já estão ao serviço dos Bombeiros Voluntários de Arraiolos. Os que havia tinham mais de 30 anos e já não davam as necessárias garantias de segurança. Vai daí, que a Caixa de Crédito Agrícola do Alentejo Central tenha avançado com o apoio à aquisição dos novos fatos de combate a incêndios urbanos industriais. Casaco, calças e botas.
Mas de que equipamento se trata? Quanto custa? Quanto pesa? Que temperatura aguenta? Qualquer bombeiro pode usar?
O investimento nos dez fatos orçou os 8 500 euros, com o comandante Paulo Campos a revelar que cada equipamento pesa cerca de 20 quilos e suporta temperaturas na ordem dos 400 graus centígrados. “Permitem desenvolver a missão de forma mais segura”, diz o mesmo responsável, ressalvando que o uso desta proteção não é para todos.
“É preciso fazer formação em dois níveis”, nota, reportando-se à iniciação e ao respetivo desenvolvimento, onde o bombeiro é confrontando com um ambiente adverso, para se habituar ao uso do fato, sem visão e com recurso a um aparelho respiratório de circuito aberto, com uma garrafa de oxigénio às costas. “Esta ação é desenvolvida, às vezes, em espaços confinados”, acrescenta.
Enquanto Luís Gomes, presidente da Direção, aplaude a oferta, destacando que a ajuda que os dez fatos vão conferir à corporação, compostas por 62 elementos, Luís Madruga, membro do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola do Alentejo Central, justifica que a instituição que representa decidiu comparticipar pelo facto de estar a contribuir para a maior segurança da região.
“Procuramos desenvolver os territórios onde estamos inseridos”, enfatiza o mesmo responsável, referindo-se aos nove concelhos abrangidos, relembrando como no ano passado a Caixa deu 10 mil euros a todas as corporações da região, destinados à compra de material ou viaturas. “As pessoas só ficam nestes territórios se tiverem acesso à saúde, meios de socorro e educação”, reconhece Luís Madruga.