Os imigrantes vindos da Ásia pagam até 10 mil euros para chegarem ao Alentejo. Este foi o valor médio apurado pelo estudo O impacto da imigração no sector agrícola: o caso do Alentejo, de João Carvalho e Sandro Teixeira, um projeto financiado pelo Fundo de asilo, Migrações e Integração, do Alto Comissariado para as Migrações.
A notícia avançada pela TVI 24 refere “O grande enclave da Costa Vicentina está associado à necessidade de frutos vermelhos, que requer muita mão-de-obra. É uma espécie de plataforma giratória de mão-de-obra: as pessoas entram em Portugal para aceder à regularização, mas o objetivo não é ficar em Odemira”, afirma um dos investigadores ao jornal Público.
No Alentejo operam redes que estão estabelecidas nos países de origem e que tratam do processo de imigração. São os imigrantes que suportam os custos da regularização, da sobrelotação da habitação e o custo da desregulamentação do mercado de trabalho, garantem os investigadores.
A mesma fonte refere ainda “Os imigrantes imaginam o Eldorado da Suécia e não o ordenado mínimo de 600 euros que vêm ganhar em Portugal, onde podem regularizar-se, se conseguirem integrar o mercado de trabalho. A vulnerabilidade das pessoas quando estão ao serviço destas empresas é elevada, roça o ilegal”, acrescenta João Carvalho.