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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Incêndios: Mais de 300 bombeiros do Alentejo foram verdadeiros `super-heróis´ no combate às chamas de norte a sul de Portugal (c/ som)

Foto: Rádio Campanário

A Rádio Campanário falou com o Comandante Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo, José Ribeiro, para fazer o balanço da atividade operacional da Proteção Civil neste último mês e perceber como está a capacidade de resposta do dispositivo que comanda.

O mês de julho foi um mês quente no território de Portugal Continental, com os termómetros a ultrapassarem os 40 graus Celsius em algumas regiões como foi o caso dos distritos de Beja, Évora e Portalegre. Estas condições atmosféricas fizeram, por um lado, o Governo declarar a situação de contingência e, por outro, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera a emitir alertas vermelhos para muitos distritos do país neste período. No que respeita à Proteção Civil, o Comandante José Ribeiro, afirma que o dispositivo se encontra, atualmente, no nível laranja “o que quer dizer que a severidade se mantém em níveis muito elevados“.

Em termos do número de ocorrências, na região do Alentejo, José Ribeiro informa que o mesmo está em linha com aquilo que é expectável nesta altura do ano. No entanto, apesar do número de ocorrências ser idêntico a anos anteriores há um facto positivo a registar: “até ao momento as áreas ardidas estão um pouco abaixo” daquilo que foi o cenário no ano anterior refere o Comandante Regional que, apesar de tudo,  refere que os incêndios que deflagraram em Serpa e em Montemor o Novo “exigiram uma forte mobilização de meios da região principalmente“.

A situação operacional da Proteção Civil do Alentejo tem permitido que os diversos agentes tenham colaborado noutras ocorrências, de norte a sul do país, uma atitude que José Ribeiro advém da “solidariedade própria no apoio às comunidades mais afetadas“. Até à data, José Ribeiro estima que praticamente todos os corpos dos bombeiros do Alentejo tenham participado no movimento operacional de apoio a incêndios noutras zonas do país. Como exemplo, refere que “do distrito de Beja tivemos Grupos de Reforço na ocorrência de Faro e na ocorrência de Palmela e de Setúbal“, “do distrito de Évora houve Grupos de Reforço que estiveram em Ourém e também, neste momento, ainda tem um grupo no incêndio de Murça, Vila Real“. Já no caso do distrito de Portalegre, foram mobilizados bombeiros para os incêndios de Ourém e para o de Fundão, no distrito de Castelo Branco. No total, foram mais de 300 os operacionais do Alentejo, apoiados por cerca de meia centena de veículos desde veículos de combate, de apoio e de comando,  que renderam colegas e auxiliaram nas ocorrências que mais preocuparam as autoridades e assustaram as populações.

Este tipo de operações requer uma articulação e coordenação logística significativa para a qual o Comando Regional da Proteção Civil do Alentejo conta com “o apoio das Câmaras Municipais, através dos seus Serviços Municipais de Proteção Civil” ao nível do combustível para os veículos, alimentação, locais para descanso e transporte de operacionais, movimentação de maquinaria ou para abrigo de população evacuada.

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