O Governo anunciou, através do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, a intenção em apoiar a plantação de sobreiros em todo o território nacional.
A indústria corticeira defende que o setor atravessa um período de forte presença e expansão internacional, com as exportações a registarem aumentos médios anuais na ordem dos 4,5%, sendo necessário aumentar a disponibilidade de matéria prima disponível.
Contudo, a plantação de novos hectares pode não se vir a verificar na região Alentejo que concentra 84% do montado de sobro nacional, e é responsável por 72% da produção nacional de cortiça.
Tal, prende-se com o facto de alguns empresários agrícolas e climatologistas, considerarem que as alterações climáticas registadas na região Alentejo, onde a subida das temperaturas se acentuam e os períodos de seca são cada vez mais frequentes e prolongados, tornam a planície alentejana mortal para os sobreiros.
As regiões do norte do país, defendem os empresários do setor, seria uma boa aposta, na medida em que o clima é menos rígido, e o sobreiro surge como uma árvore que resiste aos incêndios, ardendo a cortiça, mas sobrevivendo a árvore.
