Em 2020, registaram-se 7 125 óbitos devido à doença COVID-19, representando 5,8% do total de óbitos ocorridos no país e constituindo a segunda principal causa de morte no ano. Este resultado tem em conta o número de óbitos em que a causa básica de morte, ou seja, a doença que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram à morte, foi a doença COVID-19. A taxa de mortalidade por esta doença foi 69,0 óbitos por cada 100 mil residentes em Portugal, mais elevada nos homens (76,4 por 100 mil homens) do que nas mulheres (62,5 por 100 mil mulheres), enquanto a idade média ao óbito foi mais elevada nas mulheres (83,4 anos) do que nos homens (79,9 anos). 64,0% das mortes causadas por COVID-19 (4 558 óbitos) ocorreram nos meses de novembro e dezembro de 2020; em abril e outubro desse ano registaram-se, respetivamente, 11,9% e 9,1% do total de mortes por COVID-19.
As doenças do aparelho circulatório continuaram a estar na origem do maior número de óbitos em Portugal em 2020 (34 593), registando uma subida de 2,9% em relação ao ano anterior. Contudo, em termos relativos, representaram 28,0% do total de óbitos, menos 1,9 p.p. do que no ano anterior e menos 1,0 p.p. do que em 2018. Neste conjunto de doenças, destacaram-se as mortes por acidentes vasculares cerebrais (11 439), com uma subida de 4,2% em relação ao ano anterior. Em contrapartida, registaram-se menos óbitos por doença isquémica do coração (6 838 óbitos) e por enfarte agudo miocárdio (4 086 óbitos), em ambos os casos menos 4,4% do que em 2019.
As doenças do aparelho respiratório, que em conformidade com o definido pela Organização Mundial da Saúde para a classificação CID-10 não incluem a doença COVID-19, causaram 11 266 óbitos, menos 8,0% do que em 2019 e representaram 9,1% da mortalidade total ocorrida no país (menos 1,8 p.p. do que em 2019 e menos 2,6 p.p. do que em 2018). Neste grupo, destacaram-se as mortes provocadas por pneumonia, com 4 359 óbitos, que representaram 3,5% da mortalidade ocorrida em 2020 (4,2% em 2019 e 5,1% em 2018) e diminuiram 7,3% em relação ao ano anterior.
Em 2020, registaram-se 4 318 mortes provocadas por tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão, menos 2,0% do que no ano anterior, que representaram 3,5% do total de mortes no país (3,9% em 2019 e 3,8% em 2018). Os tumores malignos do cólon, reto e ânus representaram 3,1% da mortalidade em 2020 (3,4% nos dois anos anteriores), com 3 810 óbitos.
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