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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Infeções hospitalares “têm diminuído, mas ainda há necessidade de mais trabalho”, diz presidente da ARS Alentejo (c/som)

Ao longo dos últimos 3 anos, 12 unidades de saúde (19 hospitais) piloto, entre os quais a ULSBA – Unidade de Saúde o Baixo Alentejo, responderam ao Desafio Gulbenkian Stop Infeção Hospitalar!, visando a redução das infeções hospitalares.

Os resultados recentemente apresentados, apontam para uma redução destas, superior a 50%.

Em declarações à RC, José Robalo, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, aponta dois fatores cruciais, sendo eles a garantia de um espaço não contaminado, e a deteção precoce e medicação adequada das infeções.

Para que tal se concretize, o dirigente defende a necessidade de “um investimento muito grande nesta área”, uma vez que são “situações que têm implicações muito importantes em termos de saúde”.

Desta forma, recomenda que as pessoas acorram às unidades hospitalares apenas “quando efetivamente precisam delas” porque o risco de contaminação “diminui conforme o número de dias em que a pessoa está em contacto com o hospital”.

Muitas das bactérias presentes nas unidades de saúde, têm “agentes multirresistentes […] a diversos antibióticos”, pelo que “os médicos devem ser mais seletivos na utilização dos antibióticos para as diversas infeções”.

O presidente da ARS Alentejo, afirma que o número de infeções tem diminuído, mas existe a “necessidade de fazer mais trabalho” e “envolver todos os profissionais”.

Em 2014, Portugal apresentava, em média, o dobro das infeções hospitalares que os restantes países da Europa.  Estas condicionam a qualidade da prestação de cuidados, aumentam o tempo de internamento e provocam mais óbitos.

Até ao momento, com a implementação deste projeto foi possível reduzir as infeções do local cirúrgico em cirurgia geral em 65%, as infeções do local cirúrgico de ortopedia em 78%, as infeções do trato urinário associado a cateter vesical em 35%, as pneumonias associadas a intubação em 51% e KSRCVC em 61%.

 

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