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“Infelizmente existem políticos que se apropriam das boas notícias” (c/som)

O deputado António Costa da Silva, eleito pelo círculo de Évora do PSD à Assembleia da República, no seu comentário desta segunda-feira, dia 4 de fevereiro de 2019, abordou a questão política na Venezuela, falou sobre a regionalização e transferência de competências em Portugal, finalizando com comentário sobre a noticia do jornal Expresso “Igreja católica está furiosa com políticos”.

Sobre a questão política vivida na Venezuela, o deputado começou por dizer que o reconhecimento de Juan Guaidó como presidente da Venezuela por parte da França, Espanha, Reino Unido, Dinamarca e Suécia é “na minha perspetiva uma excelente notícia, é sinal que alguns dos países mais importantes da união europeia já estão a assumir que é necessário dar confiança ao único presidente verdadeiramente eleito na Venezuela”. António Costa da Silva diz que “Nicolás Maduro é um ditador e os ditadores não merecem nem podem governar. Foi talvez a primeira vez que a união europeia tomou uma posição de liderança e de força consistente, sobre aquilo que entende na sua perspetiva ser a liderança de outro país no planeta”.

António Costa da Silva diz ainda “Nós já conhecemos as eleições de maduro, já sabemos a forma miserável como ele tem tratado os seus cidadãos, a falta de respeito que ele tem tido pela democracia e também dos processos eleitorais que temos tido nos últimos tempos”. “O Guaidó é o presidente eleito da assembleia nacional da Venezuela”.

Para o deputado “O ditador da Venezuela consegue continuar a ser ditador porque tem os militares do lado dele, e isso é difícil de contornar. Para evitar que haja uma revolução sangrenta na Venezuela é preciso que exista muita cautela e muita pressão política internacional para fazer ver a Maduro que já não tem espaço para continuar”.

António Costa da Silva, considera ainda que “na minha perspetiva, Portugal, devia fazer o mesmo que está a ser feito pelos outros países, que é assumir que Guaidó é o único eleito naquele país. O Governo português teve uma atitude diferente em relação ao passado, o que é positivo, não andar a aceitar e a negociar com regimes ditatoriais. Temos de assumir aquilo que é a democracia sem medos e sem receios”. O deputado finalizou este tema dizendo, “a guerra tem de ser diplomática, não pode ser com armas”.

Sobre a questão da regionalização, António Costa da Silva, diz que “existe uma comissão técnica pendente na assembleia da república, onde estão representados todos os partidos, exceto o PCP que não quis propor ninguém. O objetivo dessa comissão técnica é estudar e analisar as diferentes vias da descentralização. A regionalização é uma hipótese de estudo, existe vários modelos que tem de ser estudados, e esse grupo independente terá de demonstrar qual a melhor via, bem como cada um dos partidos deverá mostrar qual as suas ideias”.

Para o deputado “mais do que a opinião pessoal dos diferentes presidentes de câmara é importante saber as posições dos partidos” e defende que “este grupo independente de peritos vai dar um contributo muito importante para a nossa reflexão, porque uma coisa é a regionalização do passado e outra coisa é a regionalização que poderemos ter no dia 2”.     

António Costa da Silva realça que “a transferência de competências é uma coisa e a regionalização é outra, o que nós estamos a fazer hoje é apenas transferir competências para os municípios, para as freguesias. Temos de ter paciência, e esperar que até julho esse grupo independente nos possa dar informação, para que todos possam ver o que é melhor para o país e todos os partidos possam definir os seus planos eleitorais aquilo que querem”.

O Deputado finalizou a sua rúbrica semanal, abordando a notícia do Expresso “Igreja Católica furiosa com políticos, dizendo que “é uma tentação permanente que existe dos políticos em se apropriarem daquilo que são boas notícias. As jornadas da juventude em Lisboa são de facto uma boa noticia, principalmente para Lisboa, mas os senhores políticos não resistem em saltar para a frente”.

Na sua visão, António Costa da Silva, diz que “a igreja católica está cheia de razão, porque o Vaticano tem um papel relevante, mas infelizmente existem políticos no nosso país que não conseguem conter-se naquilo que devem ser as suas emoções no momento. Não achei piada nenhuma ao anúncio feito pelo Prof. Marcelo Rebelo de Sousa”.       

 

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