Três empresas de um grupo de extração e transformação de mármore, com sede em Borba, foram declaradas insolventes pelo tribunal. As sentenças foram publicitadas através de editais afixados esta terça-feira nas respetivas instalações. As empresas envolvidas são a Marmetal, a Margrimar, também sediada em Borba, e a ALA de Almeida, em Vila Viçosa. Os requerentes da insolvência das empresas são trabalhadores com salários em atraso.
De acordo com os editais, as sentenças de declaração de insolvência das três empresas foram proferidas na madrugada de domingo pelo Juízo de Competência Genérica de Vila Viçosa, do Tribunal Judicial da Comarca de Évora. Foi designado Rui Jorge Soares da Silva de Castro Lima como administrador de insolvência.
Nos documentos, lê-se que “ficam advertidos os devedores do insolvente de que as prestações a que estejam obrigados deverão ser feitas ao administrador da insolvência e não ao próprio insolvente”. O tribunal também avisa “os credores do insolvente de que devem comunicar de imediato ao administrador de insolvência a existência de quaisquer garantias reais de que beneficiem”.
O prazo para a reclamação de créditos foi fixado em 30 dias. Em janeiro deste ano, pelo menos 30 dos cerca de 40 trabalhadores do grupo empresarial, dispersos pelas três empresas, suspenderam os contratos laborais devido a salários em atraso. Na altura, Nelson Curvo, funcionário de uma das empresas, indicou à Lusa que os trabalhadores tinham em atraso os vencimentos de outubro, novembro e dezembro de 2023, bem como o subsídio de Natal daquele ano.
Recorde-se que na altura, o advogado Ricardo Bacalhau reconheceu à Rádio Campanário que existiam salários em atraso e que este grupo estava a “atravessar alguns problemas”.