O maior radiotelescópio do mundo, SKA – Square Kilometer Array, terá um quilómetro de diâmetro, e conta na equipa de desenvolvimento, com investigadores da Universidade de Évora e com cientistas do Instituto Politécnico de Beja.
Os cientistas do estabelecimento de ensino superior do Baixo-Alentejo direcionarão o seu estudo para o impacto ambiental das antenas e para a área da Internet das Coisas (interligação entre dispositivos eletrónicos do quotidiano).
Neste sentido, numa primeira fase do projeto, serão desenvolvidos pequenos protótipos das antenas que constituirão o SKA, sendo que alguns deles serão instalados nos próximos 3 anos, na região do Baixo Alentejo.
O projeto SKA conta com 19 países, sendo que Portugal colabora através da rede de infraestruturas Engage SKA, com as entidades: Instituto de Telecomunicações, Instituto Politécnico de Beja, Universidade de Aveiro, Porto e Évora.
O radiotelescópio ficará instalado em dois continentes (Austrália e África), e terá o dobro do tamanho do maior radiotelescópio existente até ao momento. Contando já na fase de preparação, com um orçamento de 650 milhões de euros, pretende-se que consiga detetar um radar de aeroporto a 50 anos-luz. As centenas de milhares de antenas que o constituirão, serão dispostas em três configurações diferentes, que possibilitarão uma monotorização muito detalhada do céu, apresentando uma resolução de imagem com qualidade 50 vezes superior à proporcionada pelo Telescópio Espacial Hubble. Este avanço possibilitará responder a curiosidades do Homem relativamente ao Espaço, nomeadamente a existência de vida extraterrestre.