Nos primeiros oito meses do presente ano, a Polícia Judiciária identificou e deteve 80 pessoas pela autoria de crime de incêndio florestal, encontrando-se a decorrer investigações relativamente aos incêndios ocorridos em Pedrógão Grande, no final de junho de 2017.
Neste momento, “temos uma investigação de natureza criminal que segue o seu curso”, afirma, Constança Urbano de Sousa, Ministra da Administração Interna, em declarações à Rádio Campanário, à margem do Compromisso de Honra dos Guardas Provisórios da GNR, em Portalegre.
Existe “uma série de relatórios que ainda estão para serem entregues” entre o final de setembro e o início de outubro (nomeadamente os relatórios da Comissão Independente, do Instituto de Telecomunicações e do Professor Xavier Viegas), altura em que “serão analisados e serão naturalmente divulgados”.
Recorde-se que o incêndio de Pedrógão Grande resultou em 64 mortos e mais de 200 feridos.
Tal como o incêndio de Pedrógão Grande, o incêndio de Góis deflagrou aos concelhos vizinhos de Castanheira de Pera, Ansião, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Penela, Pampilhosa da Serra, Oleiros e Sertã, ardendo um total superior a 50 mil hectares.
Foi então criada uma Comissão Técnica Independente, composta por 12 técnicos, para analisar e apurar os factos relativos aos incêndios ocorridos nos concelhos suprarreferidos, entre os dias 17 e 24 de junho de 2017.