Organizado pelo ICAAM, as Jornadas MED, decorreram nos dias 27 e 28 de Junho de 2019, no Pólo da Mitra da Universidade de Évora (UÉ). O encontro teve como tema central apresentar as oito linhas temáticas definidas para o novo centro “Mediterranean Institute for Agriculture, Environment and Development” (MED).
Sessões Plenárias, sessões paralelas de discussão e apresentação de projetos e resultados de investigação por linha temática foi o principal objetivo deste primeiro encontro MED, constituindo-se como um momento de análise de competências, reflexão sobre o futuro do MED e, naturalmente, de convívio entre investigadores dos vários centros que se irão fundir, (ICAAM – UÉ, CEBAL – Beja, Cibio – Pólo de UÉ e MeditBio- Universidade do Algarve), que irá contar, a partir de Janeiro de 2020, com cerca de 180 investigadores doutorados, a única unidade de investigação na integração entre agricultura, alimentação, desenvolvimento rural e ambiente, no Sul do País.
Para Ana Costa Freitas, Reitora da Universidade de Évora, este é um momento “muito relevante” não apenas para a Universidade mas para o próprio país. “As expectativas são altas, tão altas quanto os objectivos a que esta unidade se propõe” sublinhou ainda a reitora da UÉ.
Com investigação na área do Olival e Azeite Português; Viticultura e Enologia; Horticultura; Produção e Saúde Animal; Montado; Agricultura Irrigada; Biodiversidade e Dinâmica Rural e Governança, esta unidade de investigação “é uma absoluta novidade” sublinhou ainda a Reitora da UÉ, ao recordar ter sido a primeira vez a FCT considerou candidaturas de unidades de investigação na área temática de Estudos do Mediterrâneo: Sistemas Agro-Alimentares, Água e Recursos Energéticos e Património.
Nos últimos anos a Universidade de Évora tem vindo a estruturar a sua actividade em torno de áreas âncora, onde Agricultura, Alimentação e Ambiente, e o Mediterrâneo, no sentido mais lato, ocupam um lugar central. “Há muito que dedicamos a nossa especial atenção, investigando e desenvolvendo tecnologia, a áreas estratégicas tradicionalmente definidoras do mediterrâneo, como a vinha, o olival ou o montado, e os seus produtos, o vinho, o azeite e a cortiça, bem como a todos os ecossistemas relacionados” concluiu Ana Costa Freitas. A importância que o MED irá assumir a nível regional mas também a nível europeu, por ser uma área que enfrenta importantes desafios foi igualmente realçado por Teresa Pinto Correia, Diretora do ICAAM.
O uso inovador de nanoemulsões enriquecidas com óleos essenciais para retardar o amadurecimento dos frutos e prevenir os danos causados pelas baixas temperaturas de armazenamento, os Recursos Alimentares Alternativos – Utilização de Esteva e seus constituintes na dieta de ruminantes, a influência da data de colheita da azeitona na produção de azeite obtida por hectare ou os efeitos (e propostas para a mitigação) da intensificação no olival nos serviços de controlo biológico por aves e morcegos constituíram alguns dos temas em discussão nesta jornada.