O Governo estimou a criação até 2039 de 900 postos de trabalho no terminal XXI do Porto de Sines, na sequência de um investimento 660,9 milhões de euros do concessionário daquela infraestrutura portuária.
Este investimento está previsto num aditamento ao contrato de concessão assinado esta tarde no Ministério do Mar, em Lisboa, entre a administração do Porto de Sines e a empresa concessionária PSA Sines.
A renovação desta concessão será por mais 20 anos, passando dos 30 inicialmente previstos para 50, e prevê um investimento global de 660,9 milhões de euros, que contempla a expansão do cais de acostagem, mas também a manutenção, substituição e renovação de equipamentos já instalados nas fases anteriores.
Deste investimento, a PSA Sines pretende aplicar 134,4 milhões de euros em infraestruturas, concretizadas entre fevereiro de 2021 e o final de 2023.
Está previsto, igualmente, um investimento de 9,3 milhões de euros para a expansão da ferrovia, já existente, e 154,2 milhões para novos equipamentos a adquirir até 2027, num total de 297,9 milhões.
A frente de cais do terminal, atualmente com 1.040 metros, passará a ter 1.950 e possibilitará a atracação simultânea de quatro navios porta-contentores de última geração.
Com esta intervenção, o Governo estima aumentar a capacidade dos atuais 2,3 milhões TEU (medida padrão para calcular o volume dos contentores) para 4,1 milhões.
No final da cerimónia, em declarações aos jornalistas, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, destacou o facto de este investimento no terminal XXI resultar também na criação de mais emprego direto e indireto na região, estimando, em termos diretos, mais 900 postos de trabalho.
“O porto de Sines já é o maior empregador da região e com este investimento vamos duplicar o emprego direto”, assegurou a governante.
Atualmente, o Terminal XXI emprega mais de mil pessoas e, com estas alterações, o Governo estima que o impacto no Produto Interno Bruto (PIB) seja de 118 milhões de euros, promovendo, em termos de efeitos diretos, indiretos e induzidos, a criação de cerca de 4.600 postos de trabalho.
Por seu turno, o diretor executivo regional da PSA para a Europa, David Yang, lembrou que quando o grupo assumiu a gestão do Porto de Sines, em 1999, “a cidade era pequena e tinha poucas infraestruturas”. “Em 20 anos tudo mudou. Da nossa parte não haverá retrocessos e iremos continuar a investir”, sublinhou.