O Primeiro-Ministro, António Costa, acompanhado pelo Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, pelo Secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, pelo presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo, e pelo vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, realizaram ontem, dia 19 de maio, uma visita às obras de construção do novo troço ferroviário entre Freixo e Alandroal, da Linha de Évora, inserida no Corredor Internacional Sul, na qual a Rádio Campanário marcou presença.
Antes da visita à obra, Carlos Fernandes, vice-presidente da Infraestruturas de Portugal apresentou um conjunto de intervenções ferroviárias entre Sines e a fronteira com Espanha, num investimento global de 700 milhões de euros.
Segundo refere o Vice-Presidente, o investimento de 700 milhões de euros já contempla o investimento das empreitadas do Corredor Internacional Sul (480 milhões de euros), que ligarão o litoral à fronteira com Espanha, por Elvas (Portalegre).
O vice-presidente da IP sublinhou ainda que este projeto é “uma obra emblemática da ferrovia nacional” e que vai ter um papel fundamental na oferta de mercadorias e de passageiros” do Alentejo e do país,”
Carlos Fernandes, na apresentação que fez dos projetos em curso, começou por referenciar a intervenção de requalificação de acesso ao Porto de Setúbal, “projeto já concluído”. assim como, na zona de Vendas Novas, , está concluído o projeto e efetuado o concurso, encontrando-se “em fase de adjudicação” a ligação de mercadorias do Sul ao Norte de Portugal,
A modernização da ligação do Porto de Sines à Linha do Sul, segundo Carlos Fernandes, deverá arrancar muito brevemente
O vice-presidente da IP realçou que a modernização da Linha do Leste, em Elvas, entre Évora e a fronteira com Espanha, “está concluída”, enquanto, das outras quatro empreitadas, entre Évora Norte e a Linha do Lest, , três “estão já no terreno”, em execução acrescentando que surgirá uma quarta empreitada, que irá construir o troço entre a atual estação de Évora e o início do novo troço.
Carlos Fernandes referiu ainda que a IP está“a trabalhar” com os municípios locais, como Alandroal, Vila Viçosa, Redondo ou Vendas Novas, para “identificar localizações para terminais rodoferroviários que permitam transferir estes benefícios para a região” aidantando, inclusivé, que com a autarquia de Évora, está a ser avaliada a possível “ viabilidade técnica e económica de um terminal” naquela zona.
Tal como a Rádio Campanário referiu ontem, segundo o governo, a sua conclusão realizar-se-á em 2023 –, o Corredor Internacional Sul vai ter impactos positivos, tanto no transporte de mercadorias, como no de passageiros.
O projeto de criação do futuro Corredor Internacional Sul integra o programa de modernização da Rede Ferroviária Nacional Ferrovia2020, que a Infraestruturas de Portugal está a desenvolver, com um investimento superior a dois mil milhões de euros, sendo que mais de 80% destes investimentos estão já em fase de obra ou concluídos.
Os principais objetivos do Corredor Internacional Sul são: Reduzir o tempo de trajeto dos comboios de mercadorias entre Sines e Elvas/Caia; Aumentar a eficiência e atratividade do transporte ferroviário de mercadorias, com o aumento de capacidade da infraestrutura, através do aumento do número diário de circulações e ao assegurar a circulação de comboios de mercadorias com 750 m de comprimento; Aumentar a segurança e a fiabilidade da exploração ferroviária, em resultado da instalação de modernos sistemas de sinalização e telecomunicações, bem como da automatização e supressão de Passagens de Nível; Instalar travessas bibloco em todo o traçado, ficando assim preparado para no futuro ser possível a instalação de bitola UIC, quando a rede espanhola mudar da bitola ibérica para a bitola europeia.