O estado do tempo tem sido condicionado por um anticiclone localizado a oeste do arquipélago dos Açores, estendendo-se em crista para a península Ibérica (Figura 1 – Mapa da temperatura do ar e vento à superfície previsto para as 15UTC do dia 11 Maio 2022).
Entre 4 e 10 de maio, têm-se verificado valores altos da temperatura máxima do ar, muito superiores aos valores normais para este mês. Destacam-se os dias 8 a 10 com valores médios da temperatura máxima no continente superiores a 28 °C e que corresponde a desvios superiores 7 °C em relação ao valor médio mensal para maio (Figura 2).
Prevê-se para os próximos dias a continuação de valores de temperatura máxima e mínima do ar acima do valor normal mensal, com o dia 14 a registar o valor médio mais alto no continente, no entanto nos dias 15 e 16 espera-se uma descida de temperatura, em especial da máxima.
Os valores mais altos da temperatura máxima do ar registaram-se nalguns locais das regiões do vale do Douro, vale do Tejo e Alentejo.
Na rede de estações do IPMA não foram, no entanto, ultrapassados os maiores valores da temperatura máxima do ar para maio
Neste período quente, com temperaturas acima do normal para a época, diversas estações da rede de observação de superfície do IPMA têm estado em onda de calor , de norte a sul do território do continente.
A 10 de maio encontravam-se 40 estações meteorológicas em onda de calor com o número de dias a variar entre 6 e 8, abrangendo as regiões do interior Norte, da região Centro, do vale do Tejo e Alentejo.
De referir que maio é o mês com maior ocorrência de ondas de calor, em particular nas estações do interior. A ocorrência de ondas de calor é um fenómeno que podendo verificar-se em qualquer época do ano, é mais notório e por vezes com impactos adversos (por exemplo na saúde) nos meses de verão.
Segundo o IPMA, prevê-se a persistência de valores de temperatura do ar acima do normal, para a época, até dia 14 Maio, pelo que a onda de calor deverá continuar em grande parte das regiões do continente, mas em particular nas regiões do interior Norte e Centro e Alentejo.
Fonte: IPMA