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Isabel Camarinha vê como ”insuficiente” o aumento de 40€ do salário mínimo previsto para 2022

Isabel Camarinha, secretária-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), reconhece que “tudo o que seja para aumentar o salário mínimo é importante”. Para Isabel Camarinha considera que é necessário ir mais longe, uma vez que aumentar os salários gerais e o salário mínimo nacional são “emergências nacionais”, dado o contexto que o país vive.

A secretária-geral da CGTP considerou, esta sexta-feira, que o investimento na valorização dos salários dos trabalhadores deve ser maior e, por isso, vê como “insuficiente” o aumento de 40 euros do salário mínimo nacional (SMN), que está a ser ponderado para o próximo ano. 

“Para a CGTP, o aumento geral dos salários – e nós temos a reivindicação de 90 euros este ano para todos os trabalhadores – e o aumento significativo do salário mínimo nacional para atingirmos os 850 euros a curto prazo são emergências nacionais no quadro em que estamos”, afirma Isabel Camarinha, em declarações ao Notícias ao Minuto. 

Questionada sobre a proposta de aumentar o SMN em 40 euros no próximo ano, a secretária-geral da CGTP adianta que “está em linha com o que o Governo tem vindo a afirmar, mas para nós é insuficiente”. 

“Tudo o que seja para aumentar o salário mínimo é importante, [mas] precisávamos que fosse em valor muito mais significativo”, adiantou a líder da CGTP. 

Em 2021. o salário mínimo aumentou em janeiro para 665 euros. A meta do Governo é que o valor do salário mínimo nacional atinja os 750 euros no final da legislatura, em 2023.

De acordo com a CGTP, é necessário ir mais longe na questão do SMN, sendo que, em cada ano, seria necessário um aumento significativo para chegar rapidamente aos 850 euros. 

“Pensamos que deveria haver maior investimento nesta questão tão importante que é o aumento significativo dos salários, de forma a que se dinamize a economia. São duas coisas que estão interligadas, não há uma sem a outra e os trabalhadores precisam de ser valorizados”, realçou Isabel Camarinha. 

A secretária-geral da CGTP considera ainque que o SMN deve dar um impulso para contrariar os salários baixos, tendo em conta os salários muito baixos dos trabalhadores do setor público e privado.

Entre 2011 e 2014, o salário mínimo esteve nos 485 euros, e só começou a aumentar sucessivamente para 505 euros em 2015, 530 euros em 2016, 557 euros em 2017, 580 euros em 2018, 600 euros em 2019, 635 euros em 2020 e 665 euros em 2021.

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