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Japoneses querem restaurar órgão da Sé de Évora

Uma associação japonesa quer apoiar no restauro do órgão de tubos renascentista da Sé de Évora, que requer um investimento de 90 mil euros. O artefacto com ligação histórica ao Japão é considerado uma raridade.

Em declarações à comunicação social, o presidente da Associação Kamakura Portugal, afirma que fará o possível para contribuir para o restauro do instrumento do século XVI, tendo uma delegação da associação já reunido com responsáveis da Arquidiocese de Évora e da Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen).

Há 400 anos, a primeira embaixada japonesa enviada à Europa, com destino a Roma (Missão Tensho), para se apresentar ao Papa, esteve na catedral em Évora, e “um deles tocou neste piano” renascentista, que se tornou “muito importante para a história japonesa”, explica o dirigente.

A delegação que esteve recentemente em Évora trouxe a sua própria pianista e organista, a japonesa Mizuki Watanabe, de 15 anos, que com o apoio do organista da Sé Rafael Reis, deu um pequeno recital.

Os turistas japoneses visitam com frequência a Sé de Évora para conhecer o órgão tão particular, descrito há séculos pela embaixada japonesa.

O imponente instrumento, com estrutura de madeira, de onde saem inúmeros tubos, e cujas notas ecoam pela catedral, é o mais antigo de Portugal e único do género no país.

Genjiro Ito, presidente da Associação, compromete-se a “procurar os fundos e as pessoas que que possam ajudar este projeto”, quando regressar ao Japão.

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