A Lagoa de Santo André foi ontem, dia 7 de março, aberta ao mar, numa operação que tem como finalidade proceder à renovação de água e das espécies piscícolas.
Esta operação, que no ano passado foi cancelada devido ao volume muito reduzido de água acumulada na lagoa, contou com a coordenação da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e juntou, como habitualmente acontece, dezenas de curiosos no areal.
Apesar da Lagoa de Santo André, este ano, não ter um nível de água muito elevado, espera-se ainda que o tempo de permanência de abertura ao mar seja curto, indicou André Matoso, diretor regional da Administração da Região Hidrográfica (ARH) da Alentejo, à Agência Lusa.
O responsável avançou que a operação, realizada com recurso a máquinas, teve início quando passavam poucos minutos das 16:00j e apenas ficou concluída por volta das 18:30h, uma vez que os trabalhos foram dificultados pelas condições que o mar apresentava.
André Matoso falou também sobre a realização deste processo, que passa pela abertura de um canal “com largura e profundidade suficiente” para que seja feita a ligação da lagoa ao mar. Desta forma, “ao longo das marés que vão ocorrer nos próximos dias”, torna-se possível a ocorrência de uma “mistura das águas da lagoa e do mar” e uma consequente “renovação”.
“Seria desejável que o canal permanecesse aberto algumas semanas ou vários dias para permitir esta entrada e saída regular da água a cada ciclo de maré”, admitiu o responsável, embora reconheça que, uma vez que “não houve chuva suficiente nesta bacia hidrográfica, não estamos com boa expectativa”.
Ainda assim, André Matoso não deixou de evidenciar a importância desta operação “para as atividades de pesca que estão associadas à lagoa e que também beneficiam” da renovação da água.
A operação de abertura da Lagoa de Santo André teve o apoio do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e contou com a colaboração da Capitania do Porto de Sines.
Foto: Observador
Fonte: Agência Lusa