Desde Julho do ano passado que o “Landau do Regicídio” se encontra em Vila Viçosa, após ter sido celebrado um protocolo entre a Fundação Casa de Bragança e a Secretaria de Estado da Cultura, que determina a deslocação anual da carruagem.
No entanto, passado cerca ano e meio a carruagem onde seguia a família real a 1 de Fevereiro de 1908, e no qual morreram o rei D. Carlos I e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe, ainda está aos cuidados da Fundação da Casa de Bragança em Vila Viçosa.
Questionada sobre o porquê de ainda se encontrar em Vila Viçosa, Maria de Jesus Monge, diretora do Museu-Biblioteca da Fundação da Casa de Bragança, esclarece que para melhor preservação da carruagem, “passará a fazer uma circulação de três em três anos”.
Segundo a diretora, o “entendimento” da Direção Geral do Património Cultural e da direção da Fundação da Casa de Bragança é de que a melhor forma de preservar o Landau é “não sujeitar a carruagem a demasiados transportes”.
Em Vila Viçosa há cerca de ano e meio, ficará no mesmo museu “por mais ano e meio e depois irá passar uma temporada em Lisboa”, esclareceu Maria de Jesus Monge, sustentando que “sobretudo na parte final da visita, o Rei D. Carlos tem uma presença muito forte”.
“Quando se faz uma visita aos apartamentos privados, quando se passa por todas as pinturas que o rei fez ou quando se houve falar da seu gosto por Vila Viçosa ou a sua fantástica produção na área da oceanografia e diplomacia, rematar a visita com aquele carro faz todo o sentido”, sublinhou a diretora.
Motivo pelo qual afirma que, “em Vila Viçosa o carro do regicídio é uma peça chave para a compreensão de todo o conjunto patrimonial”, enquanto “em Lisboa e para o Museu Nacional dos Coches é apenas mais um carro”.
