De acordo com uma publicação do Presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide, António Pita, na sua página de Facebook, “um projeto para a construção de uma obra verdadeiramente gigantesca, projetada em propriedades de Castelo de Vide e num outro concelho vizinho, deu recentemente entrada nos nossos serviços municipais”
Segundo o edil, trata-se de uma central fotovoltaica projetada numa área de 400 hectares (uma dimensão aproximada a 400 campos de futebol), com capacidade de armazenamento de energia e com um investimento superior a 120 milhões de euros. Em caso de aprovação, passará a ser a maior central do país, com mais de 700 000 painéis a produzirem energia suficiente para cerca de 160 000 habitações.
A construção desta central, batizada com o nome do navegador português Diogo Cão, terá uma duração prevista em cerca de um ano e obrigará à construção de linha exclusiva de alta tensão de ligação à REN.
Fruto da sua dimensão, o funcionamento irá obrigar a vários postos de trabalho permanentes, desde a mão de obra especializada ao nível superior e operacional, às equipas de segurança, vigilância e manutenção, comportará também outros serviços de limpeza e controlo de vegetação.
O licenciamento passa pelo crivo de várias entidades da Administração Central, Regional e Local, sendo que já foram efetuados contatos ao mais alto nível da tutela do setor energético nacional.
Da reunião ocorrida para analisar o projeto com o interlocutor da empresa promotora deste investimento externo, resultou o compromisso que, caso a central receba despacho favorável, o concelho poderá vir ainda a beneficiar de um financiamento significativo para uma obra social.
Assim, e porque para além destes benefícios financeiros e de outras vantagens óbvias que resultarão da valorização de terrenos agrícolas de baixa produtividade, Castelo de Vide poderá contribuir ainda mais para a sustentabilidade do Planeta, através da produção de energia limpa, associando-se assim ao desígnio nacional das metas para a descarbonização.
“Estamos fortemente empenhados em apoiar este projeto, o qual pela sua localização e impacte não interfere com áreas sensíveis do ponto de vista ambiental ou turístico, nem compromete o valor da paisagem”, refere o autarca.