No Alentejo ainda esta tarde foi registado um incêncio agrícola em Moura, que mobilizou cerca de 2 dezenas de bombeiros e 7 viaturas.
Em comunicado, a LBP manifesta “preocupação sobre o número de incêndios florestais que já se verificaram desde o princípio do ano de forma anómala, o período de seca que está a assolar o país e a urgência do reforço de meios necessários a fazer frente ao período tradicional de fogos florestais e rurais”, como conta esta tarde o “Noticías ao Minuto.
“A LBP está disponível para participar na abordagem dessas questões, mas adverte, desde já, para que não se lembrem de vir pedir responsabilidades aos bombeiros, que não lhes dizem respeito, sobre o que possa vir a acontecer nos incêndios florestais no tocante à vigilância e à prevenção”, precisa a Liga, frisando que os bombeiros “não podem ser bode expiatório ou desculpa para falhas no sistema”.
A LBP considera que o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para este ano “já devia ter sido debatido e acordado entre todos os intervenientes”, defendendo que a diretiva financeira (comparticipação de despesas das corporações dos bombeiros resultantes de intervenções no âmbito das operações de proteção e socorro e estados de alerta) associada ao DECIR deve merecer uma “ponderação cuidada e atempada”.
A LBP adverte que só vai concordar com uma diretiva financeira “depois da prévia discussão e os acertos que considere fundamental para o êxito da missão, a segurança dos bombeiros e a salvaguarda do seu impacto financeiro nas associações humanitárias”.
A Liga dos Bombeiros defende também que o DECIR “deve refletir a situação e o aumento dos riscos associados”, tendo em conta o ano seco.
“A LBP considera ainda que se deve concentrar, neste momento, todos os esforços de planeamento e posteriormente de execução nas fases da prevenção (incluindo limpeza de matos e caminhos), preparação de pontos de água e um forte dispositivo de vigilância e controlo de acesso a áreas sensíveis”, refere ainda a LBP, em comunicado.
Dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indicam que desde 01 de janeiro e até hoje deflagraram 1.940 incêndios, que provocaram 6.340 hectares de área ardida, números que não são habituais para esta época do ano.
O DECIR normalmente é apresentado todos os anos em abril e é a partir de 15 de maio que há um reforço de meios de combate.
C/ Notícias ao Minuto