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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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Liga dos bombeiros avisa que corporações podem não conseguir manter transporte de doentes

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) avisou hoje que, se não for encontrada solução para o aumento dos custos dos combustíveis que os bombeiros têm suportado, há corporações que podem deixar de conseguir fazer transporte de doentes.

António Nunes, Presidente da LBP,  durante uma audição na comissão parlamentar de Saúde referiu “Se não se resolver, as associações humanitárias vão ter a tendência para não fazer a totalidade serviços, em alguns casos não podem abastecer ambulâncias ou veículos de transporte de doentes”.

Para hoje está marcada com o Ministério da Saúde uma reunião , da qual espera que possam ser encontradas  soluções, apontando como mais urgentes a criação de um planeamento adequado para o transporte de doentes urgentes sempre que há encerramento de urgências hospitalares e o pagamento das dívidas em atraso.

“Quanto ao transportes de doentes não urgentes também temos de chegar a um consenso com o Ministério da Saúde no sentido do pagamento das dividas, que têm atrasos de sete meses e um ano e que não pode acontecer de maneira nenhuma, em particular no interior do pais, onde a coesão social é mais necessária”, afirmou António Nunes.

O responsável sublinhou ainda, que os doentes não urgentes “muitas vezes são os mais debilitados, os mais fracos”.

“Temos de encontrar uma forma de este impacto negativo do preço dos combustíveis, que é brutal, consiga ser corrigido no imediato. Se isso não acontecer, naturalmente que o Ministério da Saúde vai ter um problema, mas é o Ministério da Saúde, não são os bombeiros. Os bombeiros (…) vão ficar para sempre, temos 600 anos de historia”, afirmou.

“Não era bom para os portugueses, para os cidadãos, não era nada bom para os doentes e sinistrados que nós não conseguíssemos, em democracia, encontrar soluções”, adiantou.

“Em democracia temos de encontrar soluções (…) e estamos convencidos de que hoje, no Ministério da saúde, vamos resolver o transporte de doentes não urgentes. E o de doentes urgentes também tem de ser resolvido, com mais reuniões, mais diálogo, aprofundando medidas e injetando mais financiamento nos corpos de bombeiros. Não há solução alternativa (…). Os bombeiros são imprescindíveis e insubstituíveis (…). A alternativa é o caos e ninguém quer o caos”, afirmou.

C/Lusa

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