Foi lançado esta segunda-feira (5 de Março), na presença dos primeiros-ministros de Portugal e Espanha, da comissaria europeia para os transportes e do ministro do Planeamento e Infraestruturas, o concurso publico para a ligação ferroviária entre Évora e a fronteira que terá quase 100 quilómetros.
António Costa, que falava aos jornalistas no Museu de Arte Contemporânea de Elvas, realça que a abertura do concurso é “um momento histórico para Portugal”, pois vai permitir “reforçar a competitividade externa, reduzir em 30% os custos, cerca de 3 horas e 30 minutos o transporte e encurtar a distância em cerca de em 140 quilómetros”.
Segundo o governante, a obra “vai permitir em regiões como o Alentejo ou a Extremadura ter a oportunidade de serem plataformas logísticas e de produção”, e contribuir para a redução do “tráfico rodoviário e melhorar a segurança de Portugal e Espanha”.
Para além das melhorias evidenciadas por António Costa, a obra é “simbólica do novo momento que vive a economia portuguesa”, reiterando uma aposta no “investimento público e ajuda a sustentar o crescimento económico assente no investimento privado e nas exportações”.
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, refere que a obra “é um investimento estruturante à escala Ibérica”, especialmente vocacionado para “o transporte de mercadorias, servindo também o serviço dos passageiros”.
Para o ministro, o investimento “é absolutamente estruturante para Portugal”, destacando a “ligação direta por via ferroviária entre o Porto de Sines e Espanha”.
Segundo Pedro Marques a construção da nova linha entre Évora e Elvas deverá iniciar-se até março de 2019 e a conclusão está programada para o primeiro trimestre de 2022, num custo de 509 milhões de euros, quase metade provenientes de fundos europeus.
Para Mariano Rajoy, presidente do Governo espanhol, Elvas é “exemplo das estreitas relações entre Espanha e Portugal” e o lançamento do concurso para a obra “beneficia a Europa em seu conjunto”.
Segundo o governante espanhol, o Porto de Sines “é uma via de entrada muito importante de mercadorias”, e todo o projeto a ligação com Espanha beneficiará “as exportações e a competitividade das duas economias”.
Antes da cerimónia no museu, o chefe do governo português e a comissária foram à antiga estação de comboios de Elvas, onde descerraram uma placa para assinalar o início da empreitada de modernização do troço Elvas-Caia, na fronteira com Espanha.
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