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Livro sobre história e tradições dos vinhos portugueses fez sucesso antes de ser publicado

Foto: José-souza | plataforma: Chickenorpasta

Um livro de dois autores internacionais, sobre a história e tradições dos vinhos portugueses, já fez sucesso e garantiu a venda de 600 volumes, sem ainda ter sido publicado.

Simon J. Woolf e Ryan Opaz, justificam este fenómeno pela curiosidade de enófilos em todo o mundo sobre Portugal.

“Foot Trodden – Portugal & the wines that time forgot” (“Pisa a pé – Portugal e os vinhos que o tempo esqueceu”) é o título do livro em inglês, que procura dar contexto histórico e cultural à informação técnica sobre os vinhos, enquanto partilha histórias dos seus autores com os produtores de vinho de Talha, no Alentejo, ou com os de Vinho Verde ou Dão, nas regiões de Colares e Bairrada.

Através da plataforma Kickstarter, em apenas quatro horas, o projeto “Foot Trodden – Portugal & the wines that time forgot” (“Pisa a pé – Portugal e os vinhos que o tempo esqueceu”) alcançou a meta inicial de 9.900 euros, doados por interessados na concretização do projeto.

Duas semanas após o lançamento da campanha, a 18 de fevereiro, o projeto já recebeu 30.800 mil euros de quase 400 investidores, garantindo a venda de mais de 600 livros ainda antes de a obra estar concluída e à venda, avança a Lusa.

“Existem definitivamente muitas pessoas interessadas em Portugal e no vinho português, mas suspeito que existe outro grupo disposto a confiar em nós se dissermos que vai ser interessante, e querem juntar-se na viagem”, disse Woolf à agência Lusa.

O trabalho é o culminar de três anos de investigação pelo país, que Simon Woolf visita regularmente na qualidade de escritor, seja para a revista Decanter ou para a ‘newsletter’ The Morning Claret, e onde o norte-americano Ryan Opaz, cocriador do bloque Catavino, se estabeleceu, no Porto, em 2013.

Opaz, que faz visitas guiadas sobre vinho e gastronomia em Portugal, destaca as histórias pessoais “fantásticas” de novos produtores na região do Vinho Verde ou Dão, regiões singulares como Colares e a Bairrada, e tradições únicas como o vinho de Talha, no Alentejo.

O livro deverá ser publicado no outono, enriquecido, graças ao financiamento adicional, com um capítulo sobre o vinho da Madeira e uma série de ‘podcasts’ exclusiva para os participantes.

Se o financiamento continuar a aumentar, os autores estão a planear acrescentar um mapa desdobrável do país e criar uma base de dados eletrónica com informação sobre produtores de vinho emergentes em Portugal.

(Fonte: Lusa)

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