A Régia Confraria da Nossa Senhora da Conceição, de Vila Viçosa, dedica a sua atividade à devoção e enaltecimento da imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal.
Luís Caldeirinha Roma, Juiz da Régia Confraria, encontrando-se a meio do seu mandato, apresentou a demissão do cargo. Em declarações à Rádio Campanário, explica as razões que estiveram na origem da sua decisão.
Declara ser do seu entendimento não estar “a prestar um bom serviço a Nossa Senhora da Conceição”, considerando ter “a obrigação de, em vez de alterar as águas, acalmar as águas”.
Desta forma, afirma continuar demissionário desta instituição que, descrevendo como “muito sui generes”, acredita “que cala fundo até junto das pessoas que não são praticantes”.
“O Santuário de Nossa Senhora da Conceição”, entende, deve ser um elo aglutinador e não diversificador. “Não contem comigo nestes casos, para tricas e laricas”, declara, apontando a sua discordância com a forma como muitas problemas têm vindo a ser tratados “em praça pública”.
Luís Caldeirinha Roma, afirma ler “muito os sinais”, motivo pelo qual entendeu “que o melhor era pôr o lugar à disposição, para que a Confraria possa acalmar”.
Mais acrescenta que, se fosse outra entidade coletiva, teria provavelmente agido de forma diferente, mas tratando-se de uma instituição que, afirma, “merece-me muito respeito, muita consideração”, assim como de todos os calipolenses, mantem a sua decisão. “Não é altura, nem é casa, para nós agitarmos águas”.
Presentemente, a instituição aguarda marcação pelo presidente da assembleia, de novas eleições para os órgãos sociais da Confraria.