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MAI/Acidente entre Estremoz e Évora: Verdade pode estar na chave do BMW

A verdade do que se passou no acidente da A6, que envolveu a viatura onde viajava Eduardo Cabrita, causando o atropelamento mortal de um trabalhador que fazia a manutenção da via, pode estar na chave dessa mesma viatura. O modelo onde o ministro viajava possui um dispositivo que permite fazer a leitura da performance mecânica e elétrica do veículo, como que uma “caixa negra”, permitindo assim saber a velocidade a que o veículo circulava no momento do embate. A chave da viatura contém essa informação, que só pode ser lida através de um software que a própria marca do veículo – BMW – disponibiliza. Na prática, as informações são captadas pelo computador interno do automóvel, ficando imediatamente disponíveis na memória que a chave dispõe.

 

Conforme avançou a VISÃO, a GNR confirmou que a investigação aos acontecimentos decorre sem qualquer obstáculo, e desmente que terá sido “impedida por decisão superior de fazer perícia ao carro”. A GNR garante que já “desenvolveu e encontra-se a desenvolver, nos termos da lei, todas as diligências inerentes a um processo de investigação de um acidente de viação com vítimas mortais”. O Ministério Público também já abriu um inquérito ao caso e o processo está agora nas mãos do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, que aguarda pelo relatório final da GNR.

 

O acidente ocorreu no dia 18 de junho, por volta das 13h00, ao quilómetro 77 da A6 (sentido Évora-Lisboa), autoestrada que liga Marateca à fronteia do Caia, em Elvas. O alerta para o acidente rodoviário foi dado aos bombeiros às 13h14. A vítima, trabalhador de uma empresa subcontratada pela Brisa e realizava trabalhos de manutenção da via, ainda foi assistido, mas acabou por falecer no local.

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