Desde a passada sexta-feira (4 de Agosto) que a vila de Bencatel, no concelho de Vila Viçosa, não tem água a correr nas torneiras. Perante a falta de informação por parte da Junta de Freguesia ou da Câmara Municipal, os residentes têm apresentado o seu descontentamento, inclusive, a esta estação emissora.
Em declarações á Rádio Campanário, o presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa, Manuel Condenado lamenta a situação, sobre a qual esclarece que com “os ensaios feitos ao longo destes dias” é possível perceber que “o nível freático baixou consideravelmente”.
Para que a água seja recolhida a maior profundidade “houve necessidade de adquirir uma bomba adequada para que se baixasse 40/50 metros”, acrescentou Manuel Condenado.
Mediante estudos feitos pelo município, o presidente refere que a água se encontra a “cerca de 48/49 metros” de profundidade, e ao entrar no processo de bombagem “o nível baixa consideravelmente.
“Aconselhados por técnicos especialistas”, foi-lhes transmitida a necessidade de baixar a bomba para, pelo menos, “minorar a situação”.
Considerando um período de seca severa por todo o Alentejo, Manuel Condenado diz que na freguesia de Bencatel “sentiu-se de uma forma mais repentina e mais considerável”.
Segundo o presidente foram feitas algumas tentativas para restabelecer o volume de água nas torneiras, “alterando a bomba”, tentativas que não foram suficientes, forçando o município a adquirir uma nova bomba com capacidade de captação em maior profundidade
Acerca da demora na reposição de água, Manuel Condenado diz à RC que se deve ao período de experimentação que o município realizou no furo, e posteriormente, “toda a logística” da aquisição de uma bomba nova, afirmando que “tentámos resolver o mais rapidamente possível”.
“Foi feito o investimento necessário” afirmou o autarca, referindo que serão feitos novos investimentos se necessário, e refere ainda a existência de “um plano B, se este não resultar”.
Acerca do “plano B”, o autarca esclarece à RC que passa por “trazer água de outros locais”, no caso de a situação não ficar resolvida com o esforço feito para captar água em maior profundidade, “teremos que encher o depósito através de reservatórios”, acrescentou.
Relembrando o tipo de bomba colocada e a profundidade a que chegará, se a situação ficar resolvida, será “não para dias” mas sim “para semanas ou meses”, afirmou o autarca no final das suas declarações.
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